domingo, 31 de janeiro de 2010

Carlos César contra “quotas” de clubes açorianos em competições nacionais




O presidente do Governo dos Açores disse ontem que as autoridades federativas e da Liga de Futebol Profissional deviam perceber as circunstâncias difíceis em que as equipas açorianas competem – obrigadas a viagens quinzenais ao continente – e porem fim às limitações actualmente em vigor, no que respeita ao número de clubes admitidos nas competições.

“O que devia existir era uma quota de clubes do norte, ou de clubes do centro, ou de clube do sul. Agora, uma quota daqueles que se esforçam tanto, que trabalham tanto, que viajam tanto e que gastam tanto para irem jogar ao continente é seguramente uma coisa que não se devia aplicar em nenhuma modalidade”, afirmou.

Carlos César, que falava no decorrer do jantar comemorativo do 89º aniversário do Clube Desportivo Santa Clara – a que presidiu e em que foi convidado de honra o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias – assegurou não querer polemizar sobre essa matéria, mas para que todos, dentro e fora dos Açores, se apercebam das dificuldades que, também no desporto, os açorianos enfrentam por estarem longe dos grandes centros.

“Nós partimos com muita desvantagem para a competição”, sublinhou, acrescentando que essa é uma condição que tem de ser superada pelo espírito de conquista que o Santa Clara, por exemplo, tem personificado ao longo da sua história.

Recordando, a propósito do historial santaclarense, que o primeiro emblema do clube era o de um leão sobre uma bola de futebol – e não o actual, com a águia do Benfica, de que o Santa Clara é filial – Carlos César, sportinguista confesso, deixou o desejo de que, “com leão ou sem leão, nós fossemos os reis no final desta época.”



GaCS/CT

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