sábado, 29 de setembro de 2012

Açores são plataforma privilegiada de cruzamento de experiências e saberes, diz José Contente


“Os Governos dos Açores, presididos por Carlos César, entre outras áreas, deram grande impulso às áreas científicas e tecnológicas, colocando a Região num patamar pré-competitivo que importa aprofundar” defendeu hoje o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos na cerimónia de encerramento do Workshop Azores Earthquakes, Rocks and Volcanos, que decorreu no Laboratório Regional de Engenharia Civil, em Ponta Delgada.

O Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, em colaboração com a Universidade dos Açores e a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, promoveram este Workshop que esteve associado à 15.ª Conferência Mundial de Engenharia Sísmica, que decorreu em Lisboa entre os dias 24 e 28 de setembro, e teve como objetivo ser uma oportunidade para apresentação e debate de diversos assuntos relacionados com a Sismologia, a Engenharia Sísmica e a sua relação com a realidade açoriana.

Neste evento,  participaram  investigadores, engenheiros, geólogos e outros especialistas e técnicos de instituições, empresas ou outros organismos relacionados com as atividades relacionadas com a resolução de problemas da Engenharia Sísmica. Teve também a colaboração de especialistas locais e do Professor Carlos Sousa Oliveira, presidente desta 15.ª Conferência Mundial de Engenharia Sísmica.

Na cerimónia a que presidiu, José Contente, numa leitura diacrónica, afirmou que “em 1995 não havia um sistema de incentivos nas áreas da ciência e tecnologia, tendo, em 2005 sido aprovado o Plano Integrado para a Ciência, Tecnologia e Inovação (PICTI), e em 2012, foi publicado o regime jurídico do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores e criado o respetivo programa de incentivos financeiros - o PRO-SCIENTIA -, relembrando que em 1995, havia apenas apoios avulsos à Universidade dos Açores e a projetos de investigação científica.

Para o Secretário Regional, de 1996 a 2012, “há diversos indicadores que também revelam a nossa evolução, no que respeita aos seguintes apoios: às instituições de investigação científica dos Açores mais de 60 projetos, num valor de mais de 6,5 M€; a projetos de investigação científica e tecnológica com interesse para o desenvolvimento sustentável dos Açores, mais de 80 projetos, num valor superior a 2,5 M€; a iniciativas de I&DI realizadas em contexto empresarial vários projetos, num valor superior a 0,5 M€; à divulgação científica e tecnológica, inúmeros projetos (rede de Centros de Ciência Regionais, exposições e ensino experimental das ciências), num valor superior a 3,5 M€; ao desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, vários projetos (criação da rede de Espaços TIC, apoio à implementação de redes públicas de TIC – REDE WI-FI DAS ILHAS DE COESÃO, etc.), num valor superior a 6 M€; à integração dos cidadãos portadores de deficiência na sociedade do conhecimento, inúmeros projetos (equipamentos informáticos e software, bem como equipamentos informáticos de apoio), num valor superior a 1 M€; ao desenvolvimento tripolar da Universidade dos Açores foram investidos mais de 3,5 M€; à construção de diversas infraestruturas da Universidade dos Açores em Angra do Heroísmo e na Horta, mais de 13 milhões de euros”.

José Contente acentuou que, atualmente, a Região apoia cerca de 150 bolsas de investigação científica e de apoio à gestão e que na presente legislatura se investiu mais de 6 milhões de euros em bolsas de investigação científica, afirmando que “no final de 2012, estaremos a apoiar 160 bolsas de investigação, designadamente 43 de pós-doutoramento, 73 de doutoramento, 22 bolsas investigação, 7 para técnicos de investigação, 3 na área de gestão e 20 de emprego científico”

O governante sublinhou que “os Açores são a região do país em que tem havido uma aposta clara nas tecnologias espaciais, em particular no que se refere a infraestruturas no âmbito do segmento terrestre”, mencionando Santa Maria como a única estação da Agência Espacial Europeia (ESA) em Portugal e o Centro de Vigilância Marítima do Atlântico Norte.

“Integramos, também, a Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais, com uma estação VLBI (Very Long Baseline Interferometry), em Santa Maria e outra nas Flores”, referindo que está a ser criado em Santa Maria um autêntico “cluster espacial” onde, recentemente, houve a decisão da ESA para a instalação de uma nova estação GSS (Grand Sensor Station) no âmbito do projeto Galileu.

Segundo o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos “este estado da arte revela um percurso de qualificação crescente em termos científicos e tecnológicos que procuram alcançar vantagens na economia e sociedade do conhecimento. Os clusters que estão em embrião, no quadro da tecnologia espacial e das ciências da terra e do mar, serão potenciados no futuro pela necessária reforma do pensamento através do maior investimento em projetos de investigação/desenvolvimento e inovação em contexto empresarial”.

Para José Contente, “em certo sentido, somos mesmo um laboratório no centro do Atlântico aberto ao cruzamento de saberes e experiências que nos enriquecem e preparam para a construção segura da sociedade do conhecimento que, acreditamos, será mais um pilar da nossa economia e sustentabilidade da Autonomia que defendemos intransigentemente”.



GaCS

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