terça-feira, 16 de abril de 2013

Cobrança do IVA nos Açores subiu 32% no primeiro semestre de 2012


O Vice-Presidente do Governo dos Açores rejeitou hoje que haja maior austeridade na Região do que no resto do país, sublinhando que os dados estatísticos recentemente publicados demonstram exactamente o contrário.

Sérgio Ávila, que falava na Assembleia Legislativa, na Horta, no debate suscitado por uma declaração política do PSD/Açores, sustentou que as afirmações do líder regional social-democrata estavam baseadas num “erro grave”, já que haviam sido comparadas receitas de IVA dos Açores em 2011 com as do conjunto do país em 2012, números que são de anos diferentes e não comparáveis.

O Vice-Presidente do Governo frisou que os Açores, bem longe da diminuição de receita do IVA que havia sido mencionada, registaram um aumento de 32% no primeiro semestre de 2012.

Nesse sentido, considerou que não é válido o argumento utilizado para tentar demonstrar uma dupla austeridade, pois “a verdade dos factos veio demonstrar que, também nessa matéria, os Açores reagiram melhor do que o país”.

Sérgio Ávila aludiu a dados recentes sobre as contas finais dos défices orçamentais do país em 2012, divulgados pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística, para lembrar que estas “duas instituições idóneas” confirmaram que “o défice orçamental nos Açores reduziu 50% em relação a 2011 e 70% em relação a 2010”.

Segundo o Vice-Presidente do Governo Regional, os mesmos dados estatísticos revelam que “o défice orçamental nos Açores é 0,4% do PIB" da Região, ou seja, "dezasseis vezes menos do que o que se verifica a nível nacional”.

“O total da dívida pública da Região, no âmbito da administração regional, é de 19% do nosso PIB, ou seja, seis vezes menos do que aquilo que se verifica no país", acrescentou Sérgio Ávila, salientando que “são esses os dados globais” e que, quem quer contribuir para o futuro dos Açores, não deve olhar apenas para uma árvore, mas ver toda a floresta.

O Vice-Presidente do Governo admitiu haver dificuldades, como no setor da Saúde, mas sublinhou que essas dificuldades seriam menores “se o Governo da República pagasse o que deve ao Serviço Regional de Saúde”.

Sérgio Ávila realçou que as dificuldades na Saúde se fazem sentir um pouco por toda a Europa e recusou a ideia de que as dificuldades que se vivem no âmbito dos três hospitais da Região sejam extensivas a toda a administração regional, frisando que isso foi "claramente desmentido" pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística”.

O Vice-Presidente do Governo revelou ainda que vai ser feito um grande esforço para resolver, ainda este ano, a situação financeira nos três hospitais da Região.




GaCS

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