A Direção Regional da Cultura, através da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, acolhe, a 23 de janeiro, a realização de uma conferência intitulada "Evocação de António Dacosta 100 anos depois".
A evocação da vida e obra do grande mestre, que decorrerá a partir das 18h00, na Sala dos Reservados, no Palácio Bettencourt, estará a cargo do também pintor e escultor terceirense Dimas Simas Lopes, autor de um retrato de Dacosta.
António Dacosta, que Vitorino Nemésio apelidou de “pintor europeu das ilhas”, nasceu em Angra do Heroísmo, em novembro de 1914, e morreu em Paris, em dezembro de 1990.
Em 1935, partiu dos Açores para estudar em Lisboa, onde se matriculou no curso de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes, que não chegou a acabar.
A sua primeira exposição ocorreu em 1940 e, dois anos depois, ganhou o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso com o quadro "A Festa", de forte influência açoriana.
Em 1989, realizou e instalou cerca de 90 painéis no edifício da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na cidade da Horta, tendo em 1990, ano da sua morte, concebido o projeto de um monumento para a baía de Angra do Heroísmo, que designou de "Altar Nave – Em Louvor De…", retomando novamente o culto do Espírito Santo, desta vez relacionado com o mar, as viagens e as Descobertas.
O orador desta conferência que evoca o seu centenário, Dimas Simas Lopes, nasceu na freguesia dos Biscoitos, em 1946.
Médico cardiologista, grande melómano, distinguiu-se como pintor e escultor, sobretudo de arte pública, com exposições em Portugal, Itália, Brasil e Estados Unidos.
Recentemente, na área da escrita, publicou "Sonata para um Viajante".
No âmbito desta conferência, estará patente no átrio do Palácio Bettencourt uma mostra bibliográfica sobre António Dacosta.
GaCS
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