A Diretora Regional da Solidariedade Social reiterou hoje que o Governo dos Açores vai canalizar verbas do Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020 para “qualificar alargar e capacitar a Rede Regional de Economia Social e Solidariedade”.
Natércia Gaspar frisou que os Açores são, até ao momento, a única região do país onde está previsto o apoio às empresas sociais.
Entre as iniciativas previstas, a Diretora Regional destacou a dotação das instituições com "recursos, sistemas e métodos de gestão que as qualifiquem e modernizem”, a realização de ações de formação especializadas para os colaboradores da economia social e a criação e modernização de empresas de inserção.
Natércia Gaspar falava, em Ponta Delgada, no âmbito de uma comunicação sobre 'Impactos e Benefícios da Economia Social e Solidária nos Açores', inserida no ciclo de conferências sobre o tema 'Economia Social e Solidária: Desafios atuais e futuros', em que esteve presente em representação da Secretária Regional da Solidariedade Social.
Na sua intervenção, a Diretora Regional considerou “inquestionáveis os impactos e os benefícios da economia social e solidária nos Açores”, enquanto “agentes económicos criadores de riqueza, instrumentos de transformação e inclusão social, promotores do desenvolvimento, da coesão social e da igualdade de oportunidades”.
“Se a economia solidária é de especial importância, mesmo em contexto de crescimento do emprego, ela é ainda mais relevante numa conjuntura de contração económica”, frisou Natércia Gaspar, para quem as empresas de inserção constituem “uma alternativa ao mercado ‘normal’ de trabalho, apresentando-se ainda, muitas vezes, como um trampolim para o atingir”.
Nesse sentido, defendeu “uma revolução cultural”, libertando as iniciativas da economia solidária de alguns preconceitos como “o emprego protegido” ou a “alegada concorrência desleal à economia” porque são “objeto de comparticipação financeira por parte do Estado”.
“Nos Açores, como no mundo, a economia social e solidária constitui uma aliada natural do Estado social e democrático, para que não fique efetivamente ninguém para trás”, afirmou.
A Rede de Economia Solidária dos Açores, segundo Natércia Gaspar, é constituída por 22 instituições sem fins lucrativos que apoiam e acompanham públicos em risco de exclusão social, promovendo a sua inclusão, nomeadamente através da formação e empregabilidade nas empresas de inserção, que desenvolvem atividades produtivas em áreas como carpintaria, cerâmica, pastelaria, cozinha, catering, turismo inclusivo, limpeza, costura e artesanato, artes gráfica e jardinagem.
GaCS







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