quarta-feira, 2 de julho de 2014

Candidaturas ao ProEnergia aumentaram cerca de 240%, revela Diretor Regional da Energia

O Diretor Regional da Energia revelou hoje, em Ponta Delgada, que as candidaturas de promotores ao ProEnergia, programa de incentivos à produção de energia a partir de fontes renováveis, aumentaram este ano 238% face ao período homólogo de 2013, correspondendo a um acréscimo de 125% no montante de subsídios.

José Rosa Nunes falava na cerimónia de assinatura de protocolos ProEnergia entre a Direção Regional da Energia, a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo e o BANIF, que visam aumentar a penetração de equipamentos com maior desempenho energético nas habitações familiares.

Estes protocolos seguem, por isso, o objetivo delineado no plano estratégico do Governo dos Açores que visa atingir 10 mil coletores solares nas habitações em 2018, um objetivo que o Diretor Regional assegurou que será “decerto uma realidade”.

“Até ao momento, independentemente de todas as famílias que adquiriram coletores solares sem recurso a apoios do Governo Regional dos Açores, foram subsidiados na Região cerca de 1.500 promotores, atingindo o montante de subsídios atribuídos 1,6 milhões de euros”, revelou José Rosa Nunes.

O Diretor Regional salientou que estes montantes vão ao encontro dos objetivos da política regional para a energia, assente na sustentabilidade associada à racionalidade do ponto de vista económico.

“Foi com base nesta orientação que o Governo Regional dos Açores, nas últimas décadas, colocou o seu enfoque no uso de energias endógenas renováveis, as quais no primeiro trimestre de 2014 apresentam uma taxa de penetração de 39%, contra 35% em dezembro de 2013, preconizando, em simultâneo, medidas semelhantes relativas à eficiência energética”, afirmou.

A participação das instituições bancárias permitirá potenciar ainda mais o ProEnergia, programa que permite reduzir significativamente as emissões de gases com efeito estufa, contribuindo para a segurança do abastecimento regional e para a diminuição da dependência da volatilidade dos preços associados à aquisição de produtos de origem fóssil.

“Cumprir-se-ão assim, uma vez mais, tal como nas últimas décadas, os objetivos indicados pelo Governo no que concerne à penetração de renováveis e ao aproveitamento de riqueza endógena do arquipélago", salientou José Rosa Nunes, referindo também o contributo dos programas criados pelo Executivo relativos à eficiência energética, "assumindo o compromisso de cumprir as metas apontadas pelas diretivas comunitárias referentes ao programa 20-20-20”.

Este plano prevê a penetração de energias do tipo renovável, a diminuição de gases poluentes com efeito estufa e da aquisição de produtos fósseis, consolidando a segurança no abastecimento energético nos diversos espaços insulares.

José Rosa Nunes frisou que os Açores, pela política energética definida e concretizada, são “um exemplo" entre as regiões comunitárias no que se refere ao aproveitamento de recursos para a produção de eletricidade verde e para a eficiência energética, em especial tendo em conta a sua condição de região “arquipelágica, ultraperiférica e com caraterísticas socioeconómicas e demográficas que poderiam ser limitativas ao desenvolvimento integrado”.


Anexos:

GaCS

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