segunda-feira, 7 de julho de 2014

Museu Carlos Machado e Câmara Municipal de Nordeste promovem exposição "Veres"

A Direção Regional da Cultura, através do Museu Carlos Machado, em parceria com a Câmara Municipal do Nordeste, promove até 31 de agosto a realização da exposição “Veres”, que está patente no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Luz, no âmbito do programa comemorativo do 500.º aniversário da criação do concelho.

Esta exposição é constituída por um conjunto de artefactos culturais dos séculos XIX e XX, que dão a conhecer, entre outros, o espólio do Museu do Nordeste, a que se juntam fotografias do acervo do Museu Carlos Machado, numa evocação das vivências insulares e, muito particularmente, dos nordestenses.

No âmbito desta mostra, serão realizadas, a 14 e 15 de julho, várias atividades de carácter lúdico e pedagógico promovidas pelo Museu Móvel e destinadas aos públicos jovem e sénior do concelho do Nordeste.

O primeiro núcleo a que o visitante tem acesso coloca especial ênfase na evocação da faina marítima que caracteriza a vivência da comunidade piscatória do Porto de Pesca da Pedreira, apresentando várias alfaias da pesca tradicional, como a gamela, o buxeiro, o covo ou os cestos de vimes que, no passado, eram transportados ao ombro pelo vendedor de peixe, assim como o enxalavar (ou enchelavar) que se encontra suspenso no centro da sala.

O segundo núcleo é dedicado ao trabalho da terra e a sua transformação, refletindo o modo de vida da população rural nordestense, apresentando várias alfaias agrícolas, entre as quais a foice que era usada na ceifa do trigo, a foicinha utilizada para o desbaste de silvas e o forcado de eira, cuja função se destinava a juntar a palha.

No que se refere à transformação do cereal, destaque para a pedra para debulhar o milho, bem como o moinho de mão, um utensílio doméstico que remonta aos tempos do povoamento composto por duas pedras de basalto, uma mó com orifício no eixo central por onde se introduziam os grãos do cereal e uma pedra fixa, sendo o manípulo acionado pela força humana que imprimia o movimento rotativo que fazia rodar as mós que reduziam os grãos do cereal a farinha.

A exposição apresenta ainda a vivência doméstica, ilustrada com loiças de cerâmica feitas em barro cozido, vidrado e pintado na Lagoa, entre as quais, o prato fundo e o canjirão, que apresentam como elemento decorativo a coroa, símbolo alusivo ao Espírito Santo.

A mostra inclui também alguns utensílios ligados ao fabrico da telha, designadamente os moldes, o telhão e o rolo utilizado para esticar a argila, que reportam ao antigo processo de fabrico que era usado no Forno da Telha, na freguesia de Santana.

A Direção Regional da Cultura informa que este e outros eventos estão disponíveis para consulta na Agenda Cultural do Portal CulturAçores, no endereço eletrónicowww.culturacores.azores.gov.pt.



GaCS

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