terça-feira, 1 de setembro de 2015

Decisão de proibir o abate de errantes deve precaver condições necessárias ao bem-estar animal, defende Luís Neto Viveiros

O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente defendeu hoje, em Ponta Delgada, que a decisão legislativa de proibir o abate de animais errantes deve considerar os atuais recursos das autarquias e a necessidade de aumentar e melhorar a capacidade existente de acolhimento, precavendo-se assim o bem-estar animal e a eficácia da medida.

“Neste momento ainda existe um número muito significativo de animais abandonados”, sem um equivalente “número de pessoas para a sua adoção”, frisou Luís Neto Viveiros, em declarações à saída da Comissão Permanente de Economia da Assembleia Legislativa, onde foi ouvido sobre uma proposta no sentido de proibir o abate de animais errantes ou abandonados.

O Secretário Regional alertou que os canis e centros de recolha existentes no arquipélago, sob gestão das autarquias, não dispõem atualmente de capacidade para cumprir esse propósito em pleno respeito pelo bem-estar animal.

Luís Neto Viveiros considerou, no entanto, que esse objetivo deve ser perseguido, salientando que, após auscultação dos municípios, se deverá definir um período de tempo que permita “às câmaras municipais apetrecharem-se com os meios e as estruturas necessárias” para o efeito.

No âmbito das suas competências e das políticas de promoção de boa-práticas para o bem estar-animal, defesa da segurança e saúde públicas, e da proteção de atividades agrícolas e pecuárias, o Governo dos Açores tem colaborado em todas as ilhas com diversas entidades públicas e não-governamentais no desenvolvimento da sua atividade em prol de cuidados veterinários, vacinação, esterilização e adoção.

Nesse sentido, este ano foi promovida antes do período de férias de verão a realização de uma campanha regional contra o abandono e maus tratos de animais domésticos.

O Secretário Regional, questionado sobre o processo de deteção e controlo do surto de Doença Hemorrágica Viral (DHV) registada nas populações de coelho-bravo dos Açores, destacou que, em cerca de oito meses, foi possível conter a propagação da nova estirpe e reabrir a caça na maioria das ilhas afetadas, comprovando-se, desta forma, que “foram tomadas todas as medidas”.

“Estamos agora numa fase de recuperação”, frisou Neto Viveiros, acrescentando que, quando se atingirem as densidades populacionais normais, a caça também será reaberta nas Flores e em Santa Maria.

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GaCS

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