domingo, 9 de setembro de 2012

Diretor do Ambiente lembra que criação e extinção de freguesias nos Açores é competência da Região


O Diretor Regional do Ambiente reafirmou sábado à noite, na freguesia dos Flamengos, ilha do Faial, que a criação e extinção de freguesias nos Açores é matéria da competência dos órgãos de governo próprio da Região e não da República.

A opinião foi expressa por João Bettencourt ao intervir na sessão solene comemorativa do Dia da Freguesia dos Flamengos, na qual participou em representação do Presidente do Governo.

Recusamos, por isso, que de Lisboa nos “sejam impostos critérios” para a extinção de freguesias, tanto mais que os mesmos não têm em consideração “as diferenças geográficas e sociais” que distinguem o continente das ilhas açorianas, sublinhou aquele responsável.

Sublinhando que a freguesia é uma instituição na qual todos se identificam, João Bettencourt destacou o papel “primordial e de cumplicidade” que as juntas de freguesia, pela sua proximidade, desempenham junto das populações que servem. É justo, por isso, relembrar aqui que esse trabalho e esse esforço só são possíveis “devido à dedicação de quem, prescindindo dos seus tempos livres e da companhia da família, se entrega abnegadamente à causa de servir os seus concidadãos”, acrescentou.

Sobre as dificuldades dos tempos que correm em Portugal, o Diretor Regional do Ambiente referiu que são muitas as famílias portuguesas que “vivem atualmente em situação de precaridade, sem esperança num futuro melhor e subjugadas a uma ditadura económica sem precedentes no nosso país”.

Apesar de não podermos evitar as consequências da crise global, “contamos com a sensibilidade do Governo Regional”, cujas prioridades, em termos de investimento, “estão fortemente orientadas para a promoção das condições de vida dos cidadãos, em particular dos mais vulneráveis”, acrescentou aquele responsável.

Para João Bettencourt, é essencial “manter esta posição, sob pena de assistirmos ao desmembramento de uma democracia social, fazendo-se substituir por uma ditadura económica”.

Ao invés, para o Diretor Regional do Ambiente, a solidariedade assume hoje em dia um papel fundamental na ação política, bem patente na atividade do Governo Regional e do Poder Local, tendo apontado o Centro Comunitário do Divino Espírito Santo como “um exemplo do incremento que se regista ao nível da capacidade e diversidade das respostas na área social”.

Graças a uma “parceria eficaz” entre a Câmara Municipal, o Centro Comunitário e o Governo Regional, foi possível dar resposta a uma necessidade sentida por várias famílias faialenses, dotando os Flamengos de um centro de noite e com possibilidades de se expandir para outras valências sociais, exemplificou aquele responsável.



GaCS

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