quarta-feira, 26 de junho de 2013

Próximo ciclo europeu permitirá potenciar a criação de emprego e o reforço da competitividade da economia dos Açores

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas afirmou, em Bruxelas, que o próximo ciclo europeu 2014-2020 permitirá potenciar “a criação de emprego e o reforço da competitividade da economia regional” dos Açores, em sintonia com o “aprofundamento de políticas orientadas para a atividade produtiva e para a formação e qualificação dos ativos”.

Rodrigo Oliveira falava terça-feira na reunião da Conferência das Regiões Ultraperiféricas com o Comissário Europeu de Política Regional, Johannes Hahn, onde identificou a promoção da empregabilidade e o combate ao desemprego jovem como um "eixo fundamental do próximo período e um objetivo que é transversal" às RUP.

O Subsecretário Regional defendeu a “imprescindibilidade de um apoio direcionado aos setores tradicionais”, apontando a agricultura e as suas fileiras com maior capacidade como “um setor chave da economia“.

Rodrigo Oliveira destacou ainda a importância da diversificação agrícola, considerando que “robustecendo novos setores e áreas de produção, constituirá também um instrumento importante para a empregabilidade”, apontando também, entre outros, o exemplo da rentabilização da fileira da madeira e o seu papel “para integrar ativos vindos de outros setores de atividade”.

Na sua intervenção, destacou igualmente os setores da pesca e do turismo e a sua relação com o binómio competitividade e sustentabilidade, defendendo a relevância, em todas as áreas, do desenvolvimento de “ligações e sinergias entre empresas regionais, centros de investigação, desenvolvimento e inovação e o ensino superior”. 

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas elegeu “a dimensão marítima e oceânica, os importantes recursos biológicos, geológicos e energéticos do Atlântico, bem como a localização dos Açores na encruzilhada entre as rotas oceânicas” como “fatores de diferenciação e de desenvolvimento de grande relevância”.

Neste contexto, salientou que os Açores constituem uma “plataforma de excelência e centro mobilizador da criação de valor”, tendo em vista uma “exploração racional, equilibrada e sustentável, mas economicamente proveitosa dos recursos”.

Rodrigo Oliveira realçou também as potencialidades dos Açores no âmbito da prestação de “serviços no movimento transatlântico de cargas” e na “investigação do oceano em todas as suas vertentes”, defendendo a visão do Mar dos Açores “como um espaço de partilha de conhecimento e prestação de serviços, bem como de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos”.

Um destaque especial mereceu ainda, no campo do crescimento sustentável, o objetivo estratégico de “uma economia de baixo carbono”, na certeza de que “a natureza vulcânica e o clima dos Açores permitem vantagens específicas na produção de energia renovável”.

Para o Subsecretário Regional, “há ainda um grande potencial a aproveitar”, defendendo que a Europa deve “potenciar o papel dos Açores como laboratório de soluções para a produção de energia renovável, bem como para a mobilidade elétrica, abrindo caminho a uma maior independência e segurança, sustentabilidade e uma atividade económica mais competitiva”.

A intervenção do Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas decorreu no âmbito da apresentação dos pressupostos do Plano de Ação 2014-2020, um documento considerado “abrangente e contextualizador, mas essencialmente evolutivo, de modo a acolher os resultados dos trabalhos dos programas, estratégias e planos setoriais e regionais em desenvolvimento”.




GaCS

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