Concebida no espírito da Convenção de 2003 da Unesco, a base de dados que enformará o inventário regional a um ritmo em harmonia com a dinâmica da sociedade, resulta da adaptação às especificidades do arquipélago da legislação nacional para o setor, e toma por base o modelo funcional traduzido no Sistema de Informação “Matriz-PCI” que sustenta o inventário nacional, sendo a mais relevante das medidas de salvaguarda preconizadas no novo regime jurídico, mas não a única componente estruturante da política definida para património imaterial na Região.
Na perspetiva do diretor regional da Cultura, Jorge Paulus Bruno, “para além da execução do inventário regional, a nova abordagem das questões que se relacionam com o património cultural intangível comporta também um olhar renovado dos museus da Rede Regional de Museus, quer sobre os acervos à sua responsabilidade, quer na observação crítica das dinâmicas sociais nos seus espaços geográficos e culturais de influência. Não só se coloca agora de uma forma mais clara a necessidade de contextualizar acervos existentes na ótica do conceito de “património associado”, como também se torna mais evidente a necessidade de execução de uma política de registos atenta aos fenómenos de evolução espontânea das manifestações da cultura popular”.
Ainda segundo o diretor regional da Cultura, Jorge Bruno, “os Açores são uma região rica em manifestações de natureza imaterial da cultura popular, quer na diversidade, quer na dimensão da sua expressão social, mas com os instrumentos legais e operacionais agora instituídos ou passíveis de execução, a Região acompanha o que está a acontecer um pouco por todo o mundo, no espírito da Convenção da Unesco de 2003”.
GaCS
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