O Diretor Regional da Cultura defendeu hoje, em Angra do Heroísmo, que o processo de classificação do património material e imaterial “deve partir da manifestação de uma vontade da sociedade civil”.
"Não é por decreto que se vai preservar o património", afirmou Nuno Lopes num encontro de formação sobre património cultural imaterial, salientando que essa preservação "deve partir da comunidade e não de uma diretiva governamental".
O Diretor Regional frisou que o trabalho nesta área resulta de "um processo fluído e muito empenhativo", recordando o que tem vindo a ser realizado desde 2011, que vai prosseguir até 2014, de acordo com o Programa do XI Governo Regional, envolvendo os museus e as bibliotecas com as comunidades onde estão inseridos.
Nuno Lopes salientou que, depois do registo das manifestações culturais existentes na Região, um trabalho que ficará disponível online, seguir-se-á um fase de inventariação de maior exigência científica.
Este processo, segundo o Diretor Regional, só será, no entanto, possível se não conduzir a "uma espécie de plastificação de uma coisa que já não existe na prática”.
“Só se mantendo viva é que se poderá preservar como património imaterial”, concluiu.
Neste processo, a Região conta com a colaboração de dois técnicos, um ligado à Comissão Nacional da UNESCO e outro à Universidade de Évora.
GaCS







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