sexta-feira, 23 de março de 2012

Construção civil foi penalizada pela “diminuição drástica” do investimento privado


O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos disse hoje, na Horta, que muitas das dificuldades por que passam as empresas de construção civil nos Açores têm a ver com uma “diminuição drástica do investimento privado”.



A opinião foi expressa por José Contente na Assembleia Legislativa, durante a discussão de um projeto de diploma, da iniciativa do PS, propondo a redução temporária, para 25%, do valor da caução a prestar pelas empresas que exploram inertes.


Segundo indicou o governante, o investimento privado na área da construção civil caiu nos últimos anos de forma acentuada por falta de financiamento da banca.


É preciso não esquecer que, entre 2007 e 2010, “desapareceram” da economia açoriana 620 milhões de euros, tal foi a diferença entre aquilo que a banca emprestou e aquilo que aforrou, disse o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamento, adiantando que este diferencial teve “um impacto brutal” na construção civil.


José Contente assegurou, por outro lado, que o setor público – governo, autarquias e institutos – investiram na construção civil cerca de 137 milhões de euros (ME) em 2009, 207 ME em 2010 e 206,8 ME de 2011.


“Isto é mais um dado que comprova que efetivamente há aqui um problema, mas esse problema tem na sua raiz uma explicação, que é a diminuição drástica do investimento privado”, concluiu o governante.


Dados avançados pelo governante indicam que cerca de metade das 39 grandes empresas de construção civil do arquipélago, que empregam a maior parte dos trabalhadores do setor, “sofrem dificuldades de vária ordem”.


Disse também que muitas dessas empresas que estão em dificuldades são empresas que habitualmente não acediam ao mercado da construção civil em termos públicos, mas sim ao mercado privado.



Anexos:


GaCS

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