A opinião foi expressa na Assembleia Legislativa, durante a discussão do “relatório final do grupo de trabalho encarregue de elaborar um estudo circunstanciado definindo o conceito de serviço público de audiovisual otimizado às circunstâncias geográficas, culturais, sociais e políticas da Região Autónoma dos Açores”.
O Governo “regista e toma nota” da conclusão deste estudo, “sem que sinta necessidade de se pronunciar sobre o maior ou menor grau de especialização” de alguns membros do grupo de trabalho, mas o problema central que se coloca neste momento é o da própria “sobrevivência” desse serviço público, sublinhou o governante.
Conforme referiu André Bradford, chegou-se a um ponto em que já nem o Governo da República sabe muito bem “o que tinha pensado fazer e no que está agora a fazer e como é que se compatibiliza o que agora propôs com aquilo que disse inicialmente que queria fazer”.
No que respeita ao serviço público de rádio e televisão,” estamos na esfera do quase transcendental”, disse o Secretário Regional da Presidência, que criticou também o Governo da República por querer “concessionar a concessionária”.
“Nada disto tem qualquer tipo de cabimento” e apenas “revela mais uma vez o desnorte imenso que vai nessa coligação que governa o país no que diz respeito ao serviço público de rádio e televisão”, argumentou.
Quanto ao estudo elaborado pelo grupo de trabalho, André Bradford disse que, “bem ou mal, existe agora uma definição mais precisa do conceito de serviço público”, adiantando que o Governo já conhecia alguns aspetos salientados no estudo, não concorda com outros e haverá um ou outro em que existe sintonia de posições.
Anexos:
2012.09.04-SRP-RelatórioServiçoPúblicoRádioTelevisão.mp3
GaCS
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