quinta-feira, 13 de junho de 2013

Governo dos Açores está a trabalhar para a criação de uma sociedade de capital de risco, anuncia Vasco Cordeiro

O Presidente do Governo anunciou hoje que o seu Executivo está a trabalhar na criação de condições para o surgimento de uma sociedade de capital de risco nos Açores, que inicie a sua atividade ainda este ano.

“Esta sociedade de capital de risco, na qual o Governo pretende também participar, assegurará, desde logo, a gestão de ativos empresariais de valor não inferior a 100 milhões de euros”, adiantou Vasco Cordeiro, que falava no encerramento da sessão do Programa de Ignição para as Empresas de Base Tecnológica, que decorreu na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.

Segundo o Presidente do Executivo açoriano, com esta iniciativa pretende-se criar condições para dinamizar o capital de risco nos Açores e, por esta via, assegurar o apoio à reestruturação financeira de empresas em dificuldades de liquidez, mas que tenham ativos e atividades económicas passíveis de serem rentabilizados e potenciadas.

“A criação de uma sociedade de capital de risco nos Açores permitirá também assegurar a possibilidade de dinamizar novos investimentos ou empreendimentos inovadores, em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento regional, nomeadamente relacionados com o turismo, inovação tecnológica, setor agroalimentar, ambiente, biotecnologia, economia do mar, entre outras, e apoiar empresas em fase de início de atividade”, frisou o Presidente do Governo.

Vasco Cordeiro salientou que, com esta medida, que está prevista na Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial, e de acordo com a calendarização prevista, o Governo dos Açores cria as condições para o surgimento na Região de novos estímulos à dinamização da atividade económica regional, ao desenvolvimento de novas atividades empresariais e à rentabilização de investimentos já efetuados e que, por falta de capacidade financeira dos seus promotores, se encontram atualmente em dificuldades de sustentabilidade.

Na sua intervenção, Vasco Cordeiro defendeu, por outro lado, que o desenvolvimento da Região deve alicerçar-se numa economia inteligente, sustentável e inclusiva, em consonância com a estratégia Europa 2020, que proporcione níveis elevados de emprego, de produtividade e de coesão social.

“Na progressiva implementação de um modelo criativo de desenvolvimento sustentável e de coesão social está, sobretudo, em causa o desafio da competitividade”, afirmou o Presidente do Governo, destacando o objetivo de aproximar os Açores, ao nível da sua competitividade, da média dos países da União Europeia.

“Temos bem a noção que este percurso nunca poderá ser assumido apenas e só pelo Governo dos Açores, a quem cabe, sim, a criação das condições para um ecossistema favorável às empresas e aos empreendedores, sem nunca descurar a constante busca de parceiras externas e internas”, afirmou.

Vasco Cordeiro adiantou ainda que é neste âmbito que se enquadra a Universidade dos Açores, enquanto parceiro privilegiado deste desígnio, não apenas como um elemento importantíssimo de qualificação de recursos humanos na Região, mas como um fator dinamizador do crescimento económico e da criação de emprego.

“É tempo, pois, de se avançar para uma estratégia eficaz que permita colocar o conhecimento científico ao serviço da criação de emprego e crescimento económico, através, por exemplo, do surgimento das chamadas “spin offs” – empresas que surgem a partir da investigação universitária”, defendeu o Presidente do Governo.

Anexos:
2013.06.13-PGR-SociedadeCapitalRisco.mp3

GaCS

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