terça-feira, 6 de julho de 2010

César reúne com Barroso para influenciar a estratégia 2020 no reforço da política regional e dos fundos comunitários



Carlos César considera “um encontro a que atribuímos grande importância” aquele que o fará reunir amanhã em Bruxelas com Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia.

O Presidente do Governo dos Açores explica que, do ponto de vista dos Açores, é importante “porque integramos uma delegação de oito representantes de um organismo que é composto por 161 regiões, representando cerca de 200 milhões de cidadãos europeus, o que confere aos Açores uma liderança e uma colocação na primeira linha deste diálogo com a Comissão Europeia na perspectiva da organização dos trabalhos conducentes à definição da estratégia 2020 para a Europa”.

“Em segundo lugar”, acrescenta Carlos César, “ para nós também é muito importante, como para todas as regiões europeias, porque o objectivo central deste encontro é o de chamar a atenção da Comissão Europeia, e em particular do seu Presidente, para o primado da política regional no contexto das políticas de coesão territorial. Se nós tivermos uma política regional forte, se nós elegermos a coesão como um valor fundamental da estratégia futura da União Europeia, isto significa que é importante continuar a afectar e mesmo reforçar fundos comunitários para o desenvolvimento das regiões com constrangimentos permanentes ou com défices em relação à média de desenvolvimento europeu”.

Para o Presidente do Governo açoriano, “esse é o grande objectivo desta reunião: influenciar a estratégia pós-2013, a estratégia 2020, na evolução da política regional e na evolução da política de coesão, chamando a atenção para algumas políticas específicas, seja no domínio da agricultura, das pescas, da política marítima, da política de acessibilidades e da política energética”.

Questionado hoje pelos jornalistas, à partida para Bruxelas, sobre o eventual impacto da crise económica e financeira, europeia e mundial, nestas conversações, Carlos César considera que “ é justamente numa fase em que as regiões assumem uma co-responsabilidade e apresentam-se como elementos mais frágeis na cadeia territorial europeia em relação aos efeitos da crise, que é importante chamar a atenção da Comissão Europeia para o investimento e para a discriminação positiva que deve ser feita a esse nível”.

“Com a crise económica e financeira”, concluiu o Presidente do Governo dos Açores, “ ainda é mais difícil a coesão territorial na União Europeia, ou seja, ainda é mais importante a política regional e ainda são mais importantes os fundos comunitários para as regiões que deles necessitem”.



GaCS/SF

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