quinta-feira, 19 de abril de 2012

Açores com a melhor taxa nacional de rentabilidade nas explorações leiteiras


A taxa de rentabilidade das explorações leiteiras açorianas é a maior do País, com uma média duas vezes e meia superior à média nacional, por unidade de produção.


São números do último Censos da Agricultura, Realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, hoje lembrados no parlamento açoriano pelo Secretário Regional da Agricultura e Florestas.

Segundo disse Noé Rodrigues, intervindo no debate a propósito de uma declaração política do CDS-PP sobre temas da agricultura, esse e outros indicadores são a prova de que a reestruturação da agricultura nos Açores está a ser feita com êxito.

Entre esses outros indicadores apurados no Censos, consta o facto de, nos Açores, não ter havido qualquer abandono de terrenos agrícolas, ao contrário do resto do País, de o arquipélago ser a região de Portugal com mais jovens na agricultura e de contar com os profissionais com maior índice de alfabetização.

Noé Rodrigues sublinhou que a produção tem aumentado exponencialmente, com o mesmo número de animais e com apenas metade produtores, em relação a um passado recente.

“A dimensão económica das explorações cresceu 70,4% acima da média nacional, melhorámos 85% de prados e pastagens, ao contrário do continente, onde 75% de prados e pastagens não tiveram qualquer intervenção técnica, como revela o Instituto Nacional de Estatística”, referiu o governante.

Por outro lado, lembrou,” a quota média de produção por exploração era, há 10 anos atrás, de cerca de 90 mil litros e hoje está a bater nos 200 mil”, enquanto que a produção total é a maior de sempre, tendo já ultrapassado os 540 milhões de litros anuais.

“Se isto não é reestruturação, eu pergunto de que reestruturação é que se fala”, indagou, acrescentando que o mesmo se verifica ao nível da diversificação dos produtos do leite e de outros sectores agrícolas e pecuários.

No caso da carne, sublinhou, também há dados que revelam “a grande reestruturação que se tem feito”, dando como prova o exemplo de, há cinco anos, terem sido atribuídos 32 mil prémios ao abate e, em 2011, esse número ter crescido para mais de 71 mil.

Sobre a diversificação das atividades agrícolas na Região, o Secretário Regional revelou que, em 2007, foram apoiados 410 hectares de terras em produção, enquanto em 2011 foram apoiados 830 hectares, “um crescimento de 102%, em apenas quatro anos”.

O governante reiterou, por outro lado, a continuação do empenho do Governo Regional na defesa da manutenção do regime de quotas leiteiras, como fez “repetidamente, em todas as circunstâncias”.

Anexos:
2012.04.19-SRAF-ALRAA.mp3

GaCS

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