segunda-feira, 10 de junho de 2013

Rodrigo Oliveira defende intervenção das regiões sobre planeamento espacial marítimo na Europa

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externa alertou, na reunião do Bureau Político da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (CRPM), para a necessidade de uma intervenção muito próxima das regiões marítimas europeias no âmbito da proposta de diretiva sobre planeamento espacial marítimo e gestão costeira integrada na União Europeia.

 “A proposta, tal como está redigida, ao definir diversos objetivos transversais e requisitos mínimos comuns a todo o espaço da União Europeia, adiciona complexidade e burocracia, sendo certo que estes processos devem ser, sim, flexíveis e adequados às particularidades territoriais e também institucionais das regiões europeias” afirmou Rodrigo Oliveira durante a reunião que decorreu em Malmo, na Suécia.

Rodrigo Oliveira salientou que “a proposta de diretiva poderá mesmo interferir com o trabalho já efetuado em diversas regiões”, apontando o exemplo dos Açores, “onde o Governo Regional tem já aprovados os planos de ordenamento das orlas costeiras de todas as ilhas, que têm em conta as águas costeiras até uma profundidade de 30 metros".

Nesse sentido, frisou que "já há trabalho feito e a sua desejável extensão deve respeitar essencialmente os objetivos e metodologias que deram bons resultados”.

Por outro lado, Rodrigo Oliveira alertou para a imposição de calendários rígidos de implementação, salientando que “cada unidade territorial merece uma abordagem específica no âmbito da respetiva articulação com todos os interessados e de diálogo com os parceiros locais", considerando "fundamental uma abordagem flexível, que tenha em conta as características das regiões e, mesmo, internas às regiões”.

O Subsecretário Regional salientou, por isso, a importância do trabalho de articulação de posições entre as regiões marítimas e a atuação da CRPM através do grupo de trabalho sobre “Planeamento Espacial Marítimo e Gestão Costeira Integrada”, no qual o Governo dos Açores tem tido uma participação ativa.

A proposta de diretiva sobre planeamento do espaço marítimo e gestão costeira integrada tem merecido posições críticas por parte de diversos Estados-Membros e parlamentos nacionais, o que, na opinião de Rodrigo Oliveira, “poderá levar a um resultado final devidamente recentrado, ou seja, prevendo o apoio da União Europeia naquilo que é efetivamente relevante em termos transversais, como por exemplo, na disponibilização e partilha de informação geográfica e de boas práticas, mas deixando para as Regiões a necessária implementação e adaptação à sua realidade”.

“O planeamento é uma ferramenta fundamental para disciplinar usos e identificar potenciais oportunidades para o mar e zonas costeiras, sendo por isso de relevar o interesse da União Europeia e a importância do seu apoio a essa tarefa, mas, relativamente à proposta de diretiva, esta é claramente uma matéria em que 'menos Europa' significa 'melhor Europa'”, afirmou o Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas.





GaCS

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