quinta-feira, 8 de julho de 2010

Intervenção do Secretário Regional da Saúde




Texto integral da intervenção do Secretário Regional da Saúde, Miguel Correia, proferida hoje, em Angra do Heroísmo, na sessão de abertura das VIII Jornadas de Pneumologia em Medicina Familiar:

“Gostaria de começar por cumprimentar os presentes e dar as boas vindas a todos, e, de um modo especial, aos que viajaram até à ilha Terceira para participar nestas jornadas de Pneumologia em Medicina Familiar dos Açores e do Continente e na Reunião Luso-Brasileira de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.

Desejo, de igual modo, em meu nome e em nome do Presidente do Governo, que aqui represento, congratular-me por este ser um evento que comprova, uma vez mais, o gosto pela reflexão profissional e o interesse científico na partilha de experiências em saúde.

E com a particularidade de se dirigir aos médicos de medicina geral e familiar, o que significa a possibilidade de um diagnóstico precoce mais rigoroso contribuindo decisivamente para reduzir o impacto das doenças respiratórias na qualidade de vida dos cidadãos.

As doenças respiratórias surgem, também nos Açores, como 3ª causa de morte, com cerca de 250 casos por ano.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma das principais causas de morbilidade crónica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, como também é responsável por uma elevada frequência de consultas médicas, de serviços de urgência, por elevado internamento hospitalar e por significativos consumos de fármacos.

Estamos confiantes nas medidas preconizadas no Programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Respiratórias que vem definir estratégias que contribuirão, seguramente, para diminuir as consequências das doenças do foro respiratório.

Entre as medidas a implementar salienta-se a generalização, ao nível dos Centros de Saúde, da utilização de espirometria, a ser realizada de modo sistemático e anualmente, nas populações alvo, com risco acrescido de DPOC.

No que diz respeito às consultas de cessação tabágica, têm vindo a aumentar nas diferentes unidades de saúde, mas o Plano Regional de Saúde prevê, ainda o alargamento destas consultas, no âmbito do controlo das doenças Cerebrocardiovasculares.
Queria aproveitar também para esclarecer que os doentes dos Açores possuidores de doenças crónicas, consideradas especiais, têm acesso gratuito aos respectivos medicamentos e podem efectuar o seu levantamento nas farmácias hospitalares, mesmo que a prescrição seja feita em regime privado.

A este propósito, e perante dúvidas recentemente levantadas, quero deixar bem claro que estão em vigor nos Açores todas as medidas aprovadas, neste âmbito, para o serviço nacional de saúde.

As farmácias dos hospitais nos Açores têm orientações, de acordo com o determinado pela Secretaria Regional da Saúde, para disponibilizar os medicamentos prescritos nessas circunstâncias bem como por médicos no exercício da sua clínica privada.
E, se me permitem, gostaria de sublinhar que é importante que nestas matérias não se confundam as questões técnicas com os interesses partidários, generalizando a partir de casos particulares e desinformando os cidadãos, afinal de contas os destinatários finais de qualquer política de saúde.

Termino com uma palavra de saudação ao Presidente das Jornadas Prof. Dr. Raul de Amaral-Marques, sublinhando especial interesse que tem demonstrado na realização deste evento em território açoriano.
Quero, igualmente, saudar o Vice-Presidente do Conselho da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro, Prof. Dr. António Chibante e aos profissionais de saúde que vêm do Brasil para participar na Reunião Luso-brasileira de DPOC.

E ainda uma palavra especial dirigida aos médicos de medicina geral e familiar. Quero fazer-vos um convite -- a vós e a outros colegas que conheçam -- para que venham trabalhar na Região Autónoma dos Açores.
Precisamos de profissionais desta área em particular para trabalhar nos centros de Saúde de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Angra do Heroísmo.

Existem vários incentivos bastante significativos de carácter financeiro.
Mas, certamente que, para muitos de vós, esses incentivos não serão a primeira preocupação no percurso de vida.
Mas, talvez outras motivações, como tempo para a família, tempo para desfrutar o que estas ilhas têm para oferecer, desde o mar, a pesca, o golfe, os monumentos, a riquíssima história…oferecemos qualidade de vida.
Estarei disponível para conversar pessoalmente com cada um de vós para mais informações sobre as condições e os locais de trabalho disponíveis nos Açores.
Finalmente, desejo, que aproveitem, também, estes dias para conhecerem o que de bom e agradável têm estas ilhas.
Bom trabalho e uma boa estadia para todos.”


GaCS/RC

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