sexta-feira, 9 de julho de 2010

Telemedicina começa em S. Jorge



O Secretário Regional da Saúde assistiu hoje, em S. Jorge, a uma consulta de nefrologia, entre o Centro da Saúde da Calheta e o Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, com recurso à telemedicina

Miguel Correia disse, na ocasião, que o objectivo do governo é alargar esta prática a toda Região, evitando que os doentes se desloquem das suas ilhas e possam ser seguidos por médicos especialistas com maior regularidade.

Representa também uma redução de custos, uma vez que, na maior parte dos casos, uma consulta obriga à deslocação do doente, e por vezes de um acompanhante, durante três dias.

Hoje foi realizada uma consulta na especialidade de nefrologia, mas o Hospital do Santo Espírito está em condições de implementar consultas, com recurso à telemedicina, em pediatria, cardiologia e neurologia, com os centros de saúde das Velas, da Calheta e de Santa Cruz da Graciosa.

O hospital de Angra está também, a desenvolver diligências com vista à realização de protocolos com o hospital de Ponta Delgada nas áreas de neuroradiologia pediátrica e dermatologia pediátrica e com o hospital de Santa Cruz em Lisboa em cardiologia pediátrica. Com o mesmo objectivo vai ser estabelecido um protocolo com o hospital de Santa Maria, em Lisboa, nas especialidades de genética pediátrica e ecotransfontanelar, que permite detectar perturbações do sistema nervoso central, sem efeitos secundários para as crianças.

Os equipamentos informáticos instalados permitem a transmissão de exames e meios auxiliares de diagnóstico, que podem ser observados, em tempo real, pelo médico especialista, permitindo uma melhor noção da situação clínica do doente.

Para o secretário da Saúde, estas experiências serão importantes para aperfeiçoar esta prática, de modo a estendê-la às restantes unidades de saúde da Região.

A nefrologista Lurdes Dias, que realizou hoje a consulta com o centro de saúde da Calheta diz que se conseguem bons resultados com a telemecidina e com maior comodidade para o doente. Nem todas as consultas podem ser feitas à distância, mas pode reduzir-se significativamente o número de deslocações inter-ilhas e com o continente.

No seu entender, o recurso à telemedicina poderá ser útil, também, em situações de emergência, constituindo um factor adicional para a decisão da sua evacuação.



GaCS/RC

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