
O Vice-presidente do Governo dos Açores reiterou hoje, na Assembleia Legislativa Regional, que o fenómeno do desemprego, sendo uma situação grave, “não é uma fatalidade”.
Ao contrário do que outros pensam, para nós o desemprego “não é uma fatalidade nem a solução é emigrar”, disse Sérgio Ávila ao intervir durante o debate de urgência sobre o desemprego suscitado pela representação parlamentar do PPM.
Segundo indicou, também não é entendimento do Governo dos Açores que a taxa de desemprego no arquipélago continue a aumentar até final do próximo ano, ao contrário do que já foi admitido a nível nacional.
Para Sérgio Ávila, a principal causa do aumento do desemprego nos Açores resulta do facto da banca ter “reduzido substancialmente” o financiamento às famílias e às empresas açorianas.
Entre 2007 e 2010, a banca nos Açores reduziu anualmente o seu financiamento numa média de 700 milhões de euros, disse o governante.
Como reflexo dessa política, adiantou o Vice-Presidente do Governo, a construção civil foi particularmente afetada, contribuindo até meados de 2011 com 50% dos novos desempregados.
Sérgio Ávila lembrou ainda que, a partir do segundo semestre, o desemprego no arquipélago cresceu sobretudo na área do comércio e dos serviços “muito por força da redução do poder de compra” das famílias em consequência das medidas de austeridade impostas pelo Governo da República.
Conforme sublinhou, o programa para a Promoção do Emprego e Competitividade, consubstanciado em 24 medidas que o Governo dos Açores está já a implementar, “vai muito para além do que propuseram os parceiros sociais”.
Incentivar o financiamento bancário das empresas, fomentar a criação de emprego pelo tecido empresarial, aumentar a competitividade das empresas e a sua capacidade de exportação e deteção de novos mercados e reforçar a qualificação académica e profissional dos desempregados são alguns dos objetivos que o Governo pretende alcançar com este programa.
Sérgio Ávila indicou ainda ser intenção deste programa governamental antecipar a concretização do investimento público planeado e dinamizar projetos de interesse coletivo potenciadores da criação de emprego por entidades sem fins lucrativos.
Durante o debate, o Vice-Presidente do Governo acusou também o PSD de, nesta matéria do combate ao desemprego, “não saber fazer melhor” na República, enquanto que nos Açores as suas propostas se limitam a querer criar uma comissão de acompanhamento para seguir a implementação das medidas avançadas pelo Governo.
Conforme ficou demonstrado neste debate, o PSD não tem propostas nesta matéria, insistiu Sérgio Ávila, adiantando que são da autoria do Governo as únicas propostas “concretas, quantificadas e operacionalizadas”.
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2012.03.20-VPG-DebateUrgênciaDesemprego(1).mp3
2012.03.20-VPG-DebateUrgênciaDesemprego (2).mp3
GaCS







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