O Presidente do Governo Regional defendeu hoje a importância de se aproveitar o próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para tornar os Açores “mais fortes, a economia mais competitiva e ter mais e melhor emprego”, frisando que são esses os objetivos estratégicos definidos pelo executivo relativamente ao próximo pacote de fundos comunitários.
Vasco Cordeiro, que falava em Ponta Delgada no final de uma ronda de audições com partidos políticos e parceiros sociais sobre esta matéria, destacou os contributos que foram dados e que o Governo Regional “valoriza como muito positivos”, salientando ainda a importância que assume o facto de a Região ser reconhecida pelos mais altos responsáveis da União Europeia pela boa utilização que tem dado aos fundos comunitários colocados à sua disposição.
“Esse é um aspeto importante porque nos permite ter a legitimidade de definir como meta para a repartição interna do país quanto ao próximo QCA que a Região Açores mantenha o peso relativo que teve no anterior e, por essa via, termos os meios necessários para uma boa utilização, eficiente e eficaz dos recursos financeiros postos à nossa disposição no próximo QCA”, frisou.
No balanço final da ronda de audições, Vasco Cordeiro apresentou ainda as 10 “linhas mestras que devem orientar a ação da Região no próximo Quadro Comunitário de Apoio”, a primeira das quais é a criação de emprego sustentável, a que se segue o reforço da competitividade das pequenas e médias empresas e a inclusão social e combate à pobreza.
Um investimento “significativo” no ensino e na aquisição de competências é outra dessas linhas principais de ação, salientando o Presidente do Governo que os Açores “têm feito um trajeto assinalável nos últimos anos relativamente a esta componente”, mas ainda existem fenómenos que é necessário vencer, como é o caso do insucesso e do abandono escolar.
A melhoria da rede de transportes, eliminando fatores de dificuldade, relacionada com um melhor aproveitamento do mar como via de comunicação, foi também destacada por Vasco Cordeiro, para quem é possível “aproveitar ainda mais este potencial que o mar encerra e, por essa, via melhorar a competitividade da economia” dos Açores.
O Presidente do Executivo traçou ainda como linhas mestras para o próximo QCA uma melhor eficiência no aproveitamento dos recursos da Região, aliada à proteção ambiental e à promoção de uma economia com baixas emissões de carbono, assim como a proteção do arquipélago face aos efeitos das alterações climáticas.
O reforço da investigação, do desenvolvimento tecnológico e da inovação, onde a Universidade dos Açores terá um “papel fundamental para a criação de emprego qualificado”, e a melhoria do acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação, como “fator determinante para esbater barreiras geográficas, a condição arquipelágica e a distância que separa os Açores dos dois continentes de referência, a América do Norte e a Europa”, são outras destas linhas principais de ação traçadas pelo Governo Regional para o próximo QCA, onde também se inclui uma administração pública “cada vez mais eficiente e eficaz, que se afirme como fator indutor da qualificação da sociedade e da competitividade da economia”.
GaCS
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