sexta-feira, 19 de junho de 2015

Rede de trilhos homologados da ilha Terceira vai “mais do que duplicar” este ano, anuncia Vítor Fraga

O Secretário Regional do Turismo e Transportes anunciou, em Angra do Heroísmo, que, no decorrer deste ano, a rede de trilhos homologados na ilha Terceira “passará de cinco para oito", aumentando de 28,5 quilómetros, para 58,5 quilómetros, ou seja, "mais do que duplicando a oferta existente", salientando que um desses trilhos, o da 'Rocha do Chambre', foi inaugurado esta semana.

O Secretário Regional, que falava quinta-feira na apresentação do 17.º Festival AngraJazz, frisou que existem na ilha Terceira vários fatores que devem ser "valorizados e dinamizados", apontando a riqueza histórico-cultural, a zona antiga de Angra do Heroísmo classificada como Património Mundial, as festas populares, nomeadamente as Sanjoaninas e as Festas da Praia, os Impérios do Espírito Santo, a gastronomia, as experiências espeleológicas, nomeadamente na Gruta do Natal e no Algar do Carvão, o mergulho arqueológico, o turismo náutico, tirando partido das magníficas condições da baía da Praia da Vitória, e também os trilhos pedestres.

“Estes são alguns dos fatores-base que deverão estar na origem do desenvolvimento dos produtos turísticos que partem dos nossos empresários, porque são estes os fatores que poderão influenciar quem decide o seu local de férias a optar por nós, em detrimento de outros destinos”, afirmou.

Vítor Fraga frisou ainda que “hoje vivemos uma nova realidade, fruto de termos também novas acessibilidades, que tornam mais fácil e mais barato, chegar à nossa Região”, acrescentando que, apesar de este não ser um fator diferenciador no contexto da oferta de um destino turístico, “permite-nos ter acesso a novos segmentos de mercado, que privilegiam a comunicação online, onde somos obrigados a ter uma estratégia de comunicação direcionada para o cliente final”.

“Esta é uma oportunidade que nós não podemos desperdiçar”, alertou o Secretário Regional, salientando, no entanto, que esta oportunidade também "traz algumas obrigações”.

“Obriga-nos a ter estratégias de marketing e, no caso concreto das entidades privadas, estratégias de vendas assentes nas plataformas digitais e de 'social media' com o objetivo muito claro de captação do cliente final”, afirmou.

Vítor Fraga referiu ainda que “este esforço que se exige das entidades privadas para acederem a estes novos segmentos de mercado tem, contudo, um retorno efetivo, que passa acima de tudo pelo aumento da rentabilidade do seu negócio”, obrigando também a que estas entidades “apostem de uma forma clara e inequívoca na qualificação e diferenciação do seu produto, sendo fundamental esta visão, como resposta às novas exigências e tendências da procura”.

O Secretário Regional lembrou ainda que o Governo dos Açores vai apoiar a criação e a implementação do Plano de Animação Turística da Ilha Terceira.

“Um destino turístico constrói-se naturalmente com a conjugação plena de esforços entre entidades públicas e privadas, como é bem prova o festival que hoje aqui estamos a apresentar. O Governo dos Açores continuará assim a desenvolver este trabalho conjunto com os nossos empresários, certo, porém, que o trabalho de uns nunca substitui o trabalho de outros”, salientou.

O titular da pasta do Turismo recordou que os Açores “são claramente um destino turístico de natureza, com uma oferta assente no património natural, edificado e cultural".

"A diversidade e os fatores diferenciadores de cada uma das nossas ilhas são verdadeiramente determinantes na valorização daquilo que se pretende como destino turístico”, frisou.

Vítor Fraga felicitou a Associação Cultural Angra Jazz pelo “espírito não só pioneiro, mas também ambicioso, que exemplifica bem o dinamismo, aqui numa vertente artística e cultural, que, no fundo, se deseja que seja replicado a todos os níveis, na nossa Região”.

“O Angra Jazz assume-se hoje como uma referência, como um dos melhores festivais de jazz do nosso país, um dos melhores festivais de jazz da Europa e provavelmente um dos melhores festivais de jazz que se realizam por este mundo fora", afirmou Vítor Fraga, salientando que este festival é também "uma referência enquanto cartaz turístico da Região, em plena época baixa, tendo a mais-valia de, por um lado, projetar a Região, em geral, e a ilha Terceira, em particular, tanto a nível nacional como internacional, mas, por outro lado, também tem a capacidade de captar fluxos turísticos diretamente associados ao evento, contribuindo assim para atenuar os efeitos da sazonalidade”.

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GaCS

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