sexta-feira, 19 de junho de 2015

Rodrigo Oliveira afirma que as regiões europeias devem ter condições para desenvolver atividades nas áreas em que têm mais aptidões

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas defendeu hoje, no Porto, que, no contexto da economia rural, devem ser dadas condições para que as regiões europeias possam desenvolver atividades nas áreas em que têm mais aptidão e vocação, sob pena de se colocar em causa a sua modernização e desenvolvimento.

“Para podermos falar em modernização, em inovação na economia rural, para podermos falar em atividades complementares, em apoio ao turismo, às pequenas e médias empresas, ao artesanato, à cultura nas zonas rurais, temos de ter antes uma economia rural”, afirmou Rodrigo Oliveira, numa intervenção na reunião da Comissão de Recursos Naturais (NAT) do Comité das Regiões, a propósito do parecer 'Inovação e Modernização da Economia Rural'.

Para Rodrigo Oliveira, “temos de permitir às regiões que desenvolvam as suas atividades naquelas matérias onde têm aptidão e vocação territorial”, salientando, neste contexto, a necessidade de uma atenção particular às “regiões que têm poucas alternativas às suas produções tradicionais, como são os casos das regiões de zona de montanha ou das regiões ultraperiféricas, no caso dos Açores com poucas alternativas à produção de leite”.

“Quando a União Europeia põe em causa, seja através da liberalização das quotas, seja através de acordos políticos, seja através de qualquer outro tipo de decisão política, a atividade principal de uma região, não pode deixar de atribuir um contributo complementar” a esse setor da economia, defendeu o Subsecretário Regional.

Nesse sentido, frisou que as instituições europeias “não podem deixar de proteger esses produtores porque se não, não podemos falar em tudo o resto. Não podemos falar em inovação, não podemos falar em modernização, não podemos falar em diversificação”.

Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira salientou ainda a comunicação de um jovem empresário dos Açores, João Monteiro, da empresa 'Easy Fruits & Salads', no seminário que decorreu quinta-feira, durante a qual transmitiu o entusiasmo e o exemplo “da excelência e do empenho com que, nos Açores, os jovens empreendedores reconhecem a importância do setor agrícola e abraçam esta atividade”.

No âmbito desta reunião, Rodrigo Oliveira participou ainda num encontro com diversas associações nacionais ligadas ao setor do leite, promovido pelo Presidente da Comissão NAT e Presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luis Carneiro, com a presença do relator do Comité das Regiões sobre a matéria, René Souchon.

Neste encontro com representantes da Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Laticínios (FENELAC), Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) e Confederação Nacional da Agricultura (CNA), entre outras associações representativas do setor, foi recordado o contributo do Governo dos Açores para o parecer sobre ‘O futuro do setor do leite’, que permitiu incluir a defesa pelo Comité das Regiões de “um apoio complementar ao programa POSEI que permita compensar os produtores de leite pelo impacto causado pela desregulação dos mercados e que lhes garanta a manutenção da competitividade em relação aos produtores do restante espaço europeu”.

Para Rodrigo Oliveira, no contexto do desenvolvimento das zonas rurais, “para podermos falar em tudo o que seja complementar, quer seja em termos de inovação ou de modernização da economia rural, não podemos deixar de apoiar e de proteger estas atividades tradicionais”, frisando que “uma região que produz leite e não tem alternativas a estas produções tradicionais tem que ser defendida” pela União Europeia.

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GaCS

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