terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sérgio Ávila afirma que valeu a pena o caminho percorrido pelos Açorianos

O Vice-Presidente do Governo dos Açores fez hoje, na Horta, no decorrer da discussão da proposta do Plano e do Orçamento da Região para 2016, um balanço da evolução dos indicadores económicos e sociais que quantificam o desenvolvimento regional verificado ao longo da legislatura.

Sérgio Ávila, numa intervenção na Assembleia Legislativa, começou por recordar que o mandato teve início “num momento muito difícil para as famílias e para as empresas açorianas”, gerado por uma crise internacional “conjugada com um brutal programa de ajustamento orçamental concretizado pelo Governo da República.”

“Enfrentámos as adversidades com coragem, enfrentámos os problemas de frente”, afirmou o Vice-Presidente, acrescentando que, “com os Açorianos”, foi possível alcançar resultados, designadamente na criação de emprego, “o principal desígnio” da legislatura.

“Podemos referir que, de acordo com os dados do INE, existem hoje mais 8.457 Açorianos empregados do que quando iniciámos esta legislatura, e que existem hoje menos 4.826 Açorianos desempregados do que no início deste mandato”, frisou.

Segundo o Vice-Presidente, “a taxa de crescimento do emprego nos Açores é atualmente a mais elevada dos últimos 13 anos”, com aumentos consecutivos há seis trimestres, acrescentando que “há 13 anos que não se verificava um ritmo tão elevado de criação de emprego nos Açores.”

Sérgio Ávila salientou também que, no início da legislatura e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, “verificava-se uma retração de três por cento da economia”, registando-se agora um crescimento de 2,8 por cento, que qualificou de “assinalável”.

Outro indicador a que aludiu foi o da balança comercial, tendo recordado que “as importações excediam as exportações em 20 milhões de euros”, salientando que “neste momento esse saldo é de apenas quatro milhões de euros.”

“O incumprimento das empresas, nomeadamente o crédito vencido, é o mais baixo dos últimos três anos, começando já a registar-se, também, uma retoma do setor da construção civil, onde o número de licenças de construção aumentou 21 por cento no último trimestre”, afirmou Sérgio Ávila.

O Vice-Presidente disse ainda que “no setor do turismo registam-se, desde novembro de 2014, há precisamente um ano, crescimentos em termos cumulativos e comparativos superiores a 13% nas dormidas.”

Sérgio Ávila sublinhou que os resultados alcançados derivam de políticas tornadas possíveis pela estabilidade das finanças públicas regionais, sucessivamente validada “por todas as entidades nacionais e europeias, como a Comissão Europeia, o FMI, o Banco Central Europeu, o INE, o Tribunal de Contas e o Banco de Portugal.”

Na sua intervenção, referiu ainda que as necessidades líquidas de financiamento dos Açores “representaram apenas 0,15 por cento do PIB” regional, “enquanto no país ultrapassou os 7,2 por cento do PIB nacional”, ou seja, “os Açores registaram no último ano um saldo orçamental 43 vezes melhor que o país, em relação ao correspondente nível de produção.”

Quanto à dívida pública dos Açores, e integrando todas as empresas do Perímetro Regional, salientou que “representa apenas 37 por cento do PIB da Região, enquanto no país ascende a mais de 130 por cento do PIB nacional”.

“O legado que deixamos às gerações vindouras é, nesta matéria, quatro vezes melhor do que se verifica na Madeira e em Portugal continental, e três vezes melhor do que se regista na média dos países da União Europeia, face ao correspondente nível de produção”, sustentou o Vice-Presidente do Governo.

“Conscientes do muito que há ainda a fazer, das dificuldades que persistem, das adversidades que ainda existem (por exemplo nos setores agrícola e das pescas), do incremento da retoma que ainda falta empreender e dos resultados que urge ainda melhorar em todos os setores, podemos todos assumir que valeu a pena o caminho que, com os Açorianos, percorremos nestes três anos”, afirmou Sérgio Ávila.




GaCS

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