O Secretário Regional da Saúde considerou hoje “pouco reflectidas” as afirmações, segundo as quais 40% da nossa população não tem médico de família ou que existem 100.000 açorianos sem médico de família.
Miguel correia considera que, desse modo, se ignora “injustamente o esforço de muitos médicos, bons profissionais e com brio, em assistirem a muito mais do que 1.500 pessoas”. Segundo o Secretário da Saúde não são poucos os médicos de família, nos Açores, que têm 1.800, 2.000 ou até 2.200 pessoas na sua lista. “ Mais do que nos fecharmos num gabinete é necessário circular pelos vários concelhos, pelas várias ilhas e conhecer essa realidade”.
No discurso proferido na cerimónia que assinalou o Dia Mundial da Saúde, hoje na Praia da Vitória, Miguel Correia disse que, actualmente, existem no máximo 68 mil açorianos sem médico de família e concentram-se nos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Angra do Heroísmo.
Para resolver esta situação, o Governo dos Açores criou consultas para pessoas sem médico de família, aumentou os incentivos à fixação de médicos nestes concelhos e aumentou as bolsas para os internos de Medicina Geral e Familiar em mais 472€ por mês.
Mas, segundo Miguel Correia, este é um problema nacional que se prende, estruturalmente, com as vagas para medicina nas universidades em Portugal. E a este nível, sublinhou, “é determinante o envolvimento da Ordem dos Médicos”.
Todavia, o Governo promete apostar em medidas que promovam a eficiência dos recursos humanos, designadamente, premiar a produtividade dos profissionais de saúde para que mais açorianos tenham médico de família.
“O nosso desejo é que todos os açorianos tenham médico de família”, disse Miguel Correia.
GaCS/RC
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