quarta-feira, 4 de abril de 2012

Carlos César defende que as políticas de austeridade não podem esquecer as famílias


O Presidente do Governo dos Açores reafirmou hoje que a defesa da família continuará a ser uma prioridade do seu executivo, pesem embora as dificuldades do tempo presente.



Carlos César – que presidia à cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova creche e centro de atividades de tempos livres da Santa Casa da Misericórdia de S. Roque do Pico – recordou as muitas obras feitas com o objetivo de possibilitar às famílias condições para terem mais filhos, para dizer que esse é o caminho correto.

“Esses são os sinais certos que os governos, neste tempo que vivemos, devem dar às famílias, e não os sinais de abandono que vemos a nível nacional, com as políticas que reduzem os abonos, que agravam os custos de saúde infantil ou que eliminam as deduções fiscais de educação”, afirmou.

Para o Presidente do Governo, “nas políticas de poupanças e austeridades não pode deixar de ser considerada a defesa da família e a sua sustentabilidade. Se o Estado não for provedor nessa dimensão, não só negará a sua própria função como declinará a sua obrigação nos domínios da solidariedade e da coesão social.”

Carlos César diz mesmo que “Estado que nega o seu préstimo social, e que abandona as instituições e a família para se poupar a si mesmo, contrai, em contrapartida, uma dívida insustentável com a sociedade.”

Assegurando não ser esse o caminho que se pretende seguir nos Açores, acentuou o início simbólico da construção da creche e do ATL que ficarão a cargo da Santa Casa da Misericórdia de S. Roque do Pico – uma obra de quase 900 mil euros que permitirá integrar um total de cem crianças – como exemplo do que vai continuar a ser feito na região.

Aliás, o facto de Portugal apresentar um dos índices mais elevados de envelhecimento da Europa e o segundo índice de fecundidade mais baixo do mundo torna fundamental todo o esforço no sentido de tentar inverter a situação, sendo que uma das medidas é a da criação de creches, para facilitação e apoio à sustentabilidade familiar.

O Presidente do Governo lembrou, a propósito, que, quando assumiu funções, existiam pouco mais de cento e vinte serviços sociais dirigidos à infância e juventude e que hoje há trezentos e dez, servindo mais de doze mil e trezentas crianças e jovens.

Algo de semelhante aconteceu com o número de creches, que passaram de menos de três dezenas para cinquenta e seis, abrangendo perto de duas mil crianças, ao mesmo tempo que foram operacionalizados serviços importantes, como os das amas e das creches familiares, que já acolhem mais de duzentas e cinquenta crianças em várias ilhas.

“Todo esse trabalho do governo – feito em conjunto com instituições particulares de solidariedade social, Misericórdias e outras entidades – representa um grande ganho na conciliação entre as tarefas familiares e as profissionais dos pais, tanto mais importante quanto a taxa de atividade feminina nos Açores passou, na última década, de 30 para 39%, e há um número crescente de mulheres que declaram desejar trabalhar”, salientou Carlos César.

Reiterando que é essa consciência que norteia as políticas governamentais do sector, afirmou que, este ano, “ além do aumento do complemento regional ao abono de família, estamos a fazer um investimento nesta área superior a sete milhões de euros: entrarão ao serviço das famílias açorianas mais cinco creches, um jardim-de-infância e dois centros de atividades de tempos livres, servindo mais de quinhentas crianças.”


Anexos:
 2012.04.04-PGR-PrimeiraPedraCrecheSãoRoquePico.mp3


GaCS

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