sábado, 13 de junho de 2015

Demolição de imóveis em risco na falésia de Rabo de Peixe está em curso

O Diretor Regional dos Assuntos do Mar afirmou que “está a ser analisada uma intervenção mais profunda na falésia de Rabo de Peixe”, na costa norte da ilha de S. Miguel, onde têm ocorrido deslizamentos de terra.

Filipe Porteiro, que falava sexta-feira durante uma visita à falésia do Porto de Pesca de Rabo de Peixe, onde começaram a ser demolidas as 22 garagens em risco, salientou que “está a ser estudada a criação de uma proteção na base da falésia e a contenção de partes da arriba”.

“A Direção Regional dos Assuntos do Mar tem estado sempre a acompanhar o processo e está a cumprir as recomendações indicadas pelos relatórios do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC)”, disse.

O Diretor Regional afirmou que o processo de demolição está a decorrer nos “timings normais”, salientando que o deslizamento ocorrido no passado fim de semana aconteceu numa altura em que já se encontrava adjudicada a empreitada para a demolição e transporte dos resíduos das garagens em risco de ruir, na Rua de São Sebastião.

Segundo Filipe Porteiro, os proprietários das garagens foram notificados de que as deveriam desocupar, iniciando-se um processo de avaliação imobiliária aos imóveis identificados.

Depois das avaliações feitas, a Direção Regional dos Assuntos do Mar estabeleceu contactos com todos os proprietários para chegar a um acordo com vista à demolição, que está agora a decorrer.

“As últimas recomendações do LREC indicam que é necessário que este arruamento municipal passe a ter apenas uma faixa de rodagem e que a circulação de peões seja feita do lado sul, afastando assim a circulação de pessoas e de automóveis da crista da falésia”, afirmou.

O Diretor Regional frisou ainda que “outra prioridade identificada é a necessidade de retirar todos os tubos de esgotos das casas e o escoamento de águas pluviais”, acrescentando que “o tubo colocado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande não resolve o problema e continua a libertar água para cima da falésia”.

Filipe Porteiro revelou também que, após as demolições, será instalado um sistema de monitorização de deslizamentos de terra naquela zona, que considerou ser “muito dinâmica em termos erosivos”.

“A erosão costeira é um fenómeno natural e é preciso repensar a forma como ocupamos a faixa do litoral, que deve ser feita de forma racional e ordenada”, sustentou o Diretor Regional.

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GaCS

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