terça-feira, 16 de março de 2010

Governo lança Plano de Prevenção e Combate à Violência Doméstica nos Açores




A secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social e a directora regional da Igualdade de Oportunidades apresentaram hoje, em Angra do Heroísmo, o Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica.

O documento, que será aplicado durante os próximos três anos, prevê uma maior resposta e acompanhamento às vítimas de violência doméstica, e um alargamento do mesmo a todas as ilhas do arquipélago, sendo que neste momento este acompanhamento funciona essencialmente em S. Miguel, Terceira e Faial.

Desta forma, como pontos essenciais do plano, Ana Paula Marques inúmera “a prevenção da violência doméstica, punir e recuperar os agressores, formar cada vez mais técnicos, promover a acção e a prevenção, continuar a recolher dados que permitam agir nos sítios onde é necessário agir, avaliar e implementar essas medidas e por fim articular todas as acções com os agentes activos da sociedade”.

Neste plano os agressores não são esquecidos, e a secretária regional salientou a importância de se reabilitarem estas pessoas porque “muitas vezes o seu comportamento é desencadeada por condicionantes da sua vida social” e adiantou que neste momento existem dez pessoas nesta situação, que estão a ser acompanhadas pelo programa do Governo Regional “Contigo”, e que não reincidiram. Ana Paula Marques define esta iniciativa como “inovadora para a nossa sociedade”.

Segundo Natércia Gaspar os últimos dados, relativos a 2008/2009, referem que houve um aumento de denúncias deste crime na Região, o que “não significa necessariamente que a violência doméstica esteja a aumentar, mas pelo contrário, que o trabalho feito tem dado resultados e que as vitimas têm agora mais coragem para denunciar”.

O grande objectivo do plano é que daqui a três anos, a percentagem de violência domestica diminua nos Açores, mas Ana Paula Marques adianta que “estes factores de mudança demoram algum tempo”, admitindo no entanto que “ já se nota na nossa sociedade uma outra atitude, no sentido de ajudar a mulher a denunciar a situação”.



GaCS/AMP

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