sexta-feira, 29 de abril de 2011

Governo aposta na melhoria da emergência médica



A Protecção Civil açoriana dispõe de boas infra-estruturas e equipamento moderno para resposta a emergências e catástrofes. Agora é tempo de investir na qualificação profissional dos corpos de bombeiros.

Esta foi uma das mensagens transmitida, esta tarde, pelo Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.

José Contente, que presidia ao Conselho Regional de Bombeiros que reuniu hoje nas Lajes do Pico, sublinhou que nas actuais circunstâncias a prioridade incide na formação e investigação para que os bombeiros garantam as melhores respostas em cenários de emergência na Região.

“É por isso que nós continuamos a privilegiar os estudos de carácter científico, com a Universidade dos Açores e outras instituições, para que esse acompanhamento técnico possa permitir uma boa interface entre a resposta que o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPBA) pode e deve dar e o que acontece, todos os dias, no terreno”, afirmou o governante.

O Secretário Regional sublinhou que nos Açores, nas últimas décadas, registaram-se catástrofes de maior intensidade, gravidade e com maior frequência, “mas os nossos corpos de bombeiros estão preparados para, na primeira hora, acudirem a estas situações e são eles que têm uma actividade predominantemente ligada à emergência médica e é essa a actividade principal que temos que olhar no presente e no futuro”, acrescentou.

O Conselho Regional de Bombeiros reuniu os comandantes e presidentes das direcções das 17 corporações de bombeiros dos Açores, aos quais José Contente apelou para a boa gestão dos quartéis, racionalizando os investimentos públicos alocados pela tutela com grande responsabilidade.

A propósito, sublinhou que “é preciso ter critérios de rigor para podermos priorizar os investimentos, sobretudo instituições que gerem muito dinheiro público, tenham essa responsabilidade”.

A aposta e reforço dos equipamentos de prevenção de catástrofes é outra das prioridades referidas pelo governante, quer sejam os radares meteorológicos ou outras infra-estruturas, é necessário investir “no treino e na formação dos corpos de bombeiros para responderem com maior eficácia e mais rapidamente a situações de emergência”, adiantou.

Apesar da Região Açores não ter um registo de incêndios florestais e urbanos considerável - são pouco frequentes -, o governante realçou que mesmo essa valência da Protecção Civil não é negligenciada, afirmando que “estamos atentos e fazemos formação perante novos produtos químicos, novas ameaças e novos cenários, mas é sobretudo na área da emergência médica que nós queremos investir, é o novo caminho onde a aposta será mais forte”.

A boa preparação dos corpos de bombeiros açorianos perante qualquer cenário tem sido reconhecida nacional e internacionalmente e perante o balanço do Comité das Regiões da Europa que confirma o aumento do número de catástrofes mundiais que desde 1975 até 2010 cresceram cinco vezes, ou seja, "passámos de 75 por ano para 400 em 2010".

Também na Europa a expressão das catástrofes tem muito significativa: nos últimos 20 anos faleceram 20 mil pessoas, 29 milhões ficaram afectadas e houve perdas económicas na ordem dos 211 mil milhões de euros com as catástrofes, informou o Secretário Regional.

O Conselho Regional de Bombeiros é um fórum de discussão que reúne ordinariamente uma vez por ano, é um espaço de diálogo e de participação “onde se detectam as falhas, as necessidades e aspirações do Sistema de Segurança Civil dos Açores, que tem na primeira linha, desde sempre, os corpos de bombeiros”, rematou José Contente.



GaCS/FA/VS

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