quinta-feira, 18 de março de 2010

Alteração ao Acordo Laboral das Lajes não é prejudicial para os trabalhadores



O secretário regional da Presidência rejeitou hoje a ideia de que a alteração ao Acordo Laboral da Base das Lajes, aprovada pelo Governo da República no início deste ano, seja “uma capitulação e uma desgraça”.

Falando no parlamento açoriano, na sequência de una declaração política apresentada pelo líder do CDS/PP, André Bradford garantiu que tal “não é verdade”.

“O que nós fizemos foi resolver um problema”, esclareceu o secretário regional da Presidência, adiantando que o governo, ao negociar essa alteração, foi de encontro à recomendação feita pelo parlamento, no sentido de diligenciar “uma solução que dê aplicação concreta e mutuamente aceite ao Acordo Laboral em matéria de actualização salarial dos trabalhadores portugueses ao serviços das FEUZAÇORES”.

Segundo explicou, o que acontecia, ano após ano, “era que a parte portuguesa contestava os valores propostos pela parte americana, o comando português da base assinava sob protesto os aumentos propostos e no ano seguinte tudo se mantinha igual”.

Em relação a esse problema, continuou André Bradford, o Governo Regional decidiu actuar, “procurando um sistema que não desse essa margem, que não permitisse que esse impasse continuasse, e que mantivesse para os trabalhadores da Base das Lajes uma solução vantajosa para os seus aumentos salariais, porque era esse o modelo que eles tinham e era essa a sua expectativa”.

Para o secretário regional da Presidência, a verdade é que “o sistema continua a ser vantajoso” para os trabalhadores portugueses da Base das Lajes.

Que outros trabalhadores, nos Açores e em Portugal, “podem escolher entre dois aumentos salariais possíveis” ou “passar à margem das regras de congelamento de salários em Portugal”, questionou André Bradford.

“Tudo isso foi tido em consideração e foi com base nessa lógica que nós actuamos”, adiantou.

O governante disse também não poder “aceitar a acusação de secretismo e de que esta alteração tenha sido feita à revelia e nas costas dos trabalhadores”.

André Bradford lembrou ainda que apesar do governo ter dado nota pública, logo em Maio de 2007, de que estava a negociar esta matéria, até à conclusão do processo negocial nunca recebeu qualquer contacto da parte do sindicato ou dos trabalhadores.


GaCS/FG

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