terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bispo dos Açores fala em crise espiritual


D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, considera que a actual crise "não é só económica e financeira, mas também espiritual”.

Em
Nota Pastoral a respeito da semana da Diocese, este responsável assinala que o mundo em “profunda mudança e em grande crise” exige “um empenhamento mais esclarecido e comprometido dos cristãos na sociedade, com o testemunho de vida evangélica, que, promovendo valores de humanidade, torne possível uma sociedade mais justa e fraterna”.

A este respeito, D. António Braga lembra “o ideal de militância da Acção Católica, de que ocorre, a 7 de Novembro de 2009, os 75 anos de presença em Portugal”.

Citando a última encíclica de Bento XVI, Caritas in veritate, o Bispo dos Açores sublinha que “é preciso corrigir os mecanismos perversos da economia de mercado, com a lógica da gratuidade e da solidariedade, da partilha e fraternidade”.

A diocese de Angra está a celebrar os 475 anos da sua fundação (3 de Novembro de 1534 pela bula Aequum reputamos de Paulo III). O valor recolhido no ofertório do fim-de-semana de 7 e 8 de Novembro destina-se à Diocese, que “continua a envidar esforços, no sentido de saldar a dívida acumulada”.

No ano passado, o ofertório, realizado nessa mesma ocasião, rendeu 24.963Euros. “Os tempos são difíceis e de crise” sublinha D. António Sousa Braga, apelando para “a entreajuda e partilha” ajudando “a saldar a dívida acumulada” pela Igreja nos Açores.

“Não podemos olhar para a Igreja, como uma instituição humana qualquer e muito menos com critérios meramente empresariais”, indica.

A Semana de celebrações engloba a realização do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) entre 6 e 8 de Novembro com o objectivo de “avaliar o caminho pastoral percorrido e propor prioridades para o próximo quinquénio”. Ao mesmo tempo, celebram-se os 150 anos do seminário episcopal de Angra, que no ano lectivo 2009/10 conta com 22 alunos.

"Não são grandes números, como antigamente, mas vamos equilibrando as forças. Temos de saber dar graças a Deus e, neste Ano Sacerdotal, redobrar a nossa oração e acção pelas vocações sacerdotais", assinala o Bispo de Angra.

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