O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos apelou ontem à noite à comunidade científica regional para que, juntamente com a tutela, “ajudar as empresas que ainda têm poucas qualificações a acreditar que a transferência de conhecimento dará um dia frutos para a economia real”.
Segundo José Contente, este é o caminho que o Governo dos Açores tem vindo a trilhar, acreditando que a economia do conhecimento é o terceiro pilar que garantirá a sustentabilidade da economia regional e, neste sentido, também os investigadores podem participar ativamente no desenvolvimento regional.
O governante, que falava na cerimónia de apresentação da Revista de Estudos Açoreanos – Celebratin Darwin, referiu que “não há outro caminho. Ao nível da ciência e tecnologia, a nossa perspetiva é investir mais e melhor para que a economia do conhecimento seja uma realidade que dê frutos, ao nível da transferência de conhecimento e de investigação em contexto empresarial”.
O Secretário Regional reconhece, no entanto, que os desafios na área da economia do conhecimento ainda são grandes, desde logo porque há recursos naturais e genéticos ainda por explorar, “temos ainda um caminho pela frente para que a riqueza a eles associados possa bebeficiar a nossa sociedade no futuro”, afirmou.
O suplemento número sete da Revista de Estudos Açoreanos, publicado pela Sociedade Afonso Chaves (SAC), entidade gestora do Expolab – Centro de Ciência da Lagoa, homenageia Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, e reúne as atas do simpósio que decorreu na Região por altura dos 200 anos do aniversário do cientista.
José Contente elogiou o trabalho da SAC e exprimiu a satisfação pelo lançamento do livro de divulgação da cultura científica, apoiado pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
“Este tipo de iniciativas enquadram-se na nossa política de apoio à divulgação da cultura científica mas também de apoio à investigação científica”. Nos últimos seis anos, o Governo Regional investiu 50 milhões de euros na Universidade dos Açores, ao nível da ciência, tecnologia e investigação, “é um bom investimento, mas era bom que houvesse mais dinheiro para se investir no conhecimento”, sublinhou o governante.
GaCS
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