
Texto integral da intervenção do Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, proferida hoje, na Escola Básica e Secundária Padre Maurício de Freitas, em Santa Cruz das Flores, durante a cerimónia de inauguração do Pavilhão de Educação Física e Desporto:
“Uma breve intervenção para, neste acto simbólico de inauguração do Pavilhão de Educação Física e Desporto da Escola Básica 2,3/S Maurício de Freitas, salientar a nossa satisfação pela obra realizada, mas também dar conta de uma política educativa que aposta com sucesso na qualidade e na oferta da escola pública. Os florentinos, que desfrutam desta escola e deste espaço de prática desportiva, constituem-se como testemunhas desse percurso positivo que importa continuar.
Progredimos muito, nestes últimos anos, em equipamentos desportivos. O esforço que fizemos permitiu-nos aumentar significativamente a taxa de cobertura de pavilhões desportivos escolares, privilegiar a Educação Física e o desporto nos contextos escolares, e, ao mesmo tempo, satisfazer necessidades de espaços cobertos para uso dos clubes locais, o que tem proporcionado uma boa ocupação e rentabilização destes equipamentos.
Este pavilhão, que representou um investimento de cerca de três milhões de euros, é, pois, uma mais-valia para a comunidade educativa, um lugar importante para o desenvolvimento harmonioso das crianças e dos jovens e uma oportunidade para a prática desportiva em geral. Fico satisfeito por o termos construído e disponibilizado mais este benefício para a vila, para o concelho e para a ilha.
Esta nova instalação conta com estruturas de apoio e espaços complementares às actividades de Educação Física, com uma galeria para espectadores e respectivas áreas de apoio, servindo, pelo menos, as valências de voleibol, badmington, basquetebol e campo de ténis central para treino.
São, aliás, muitos os investimentos em construções no parque escolar que se encontram em curso, previstas ou em fase de arranque, e outras ainda perto da sua conclusão. São exemplos a nova escola de Água de Pau, no montante de cerca de 15 milhões de euros; a nova escola da Piedade, com um custo de cerca de 4 milhões; a ampliação da escola básica integrada de Angra do Heroísmo, orçada em 2,7 milhões; as novas instalações da Gaspar Frutuoso, na Ribeira Grande, no montante 14,5 milhões de euros; a requalificação da escola de Rabo de Peixe, num investimento de quase três milhões; a requalificação do bloco sul da Domingos Rebelo, que implica uma aplicação de 6 milhões de euros; a construção da nova escola básica e integrada da Horta, no montante de 9 milhões; e a conclusão das escolas de Ponta Graça e Francisco Ferreira Drumond, investimentos estes que totalizam cerca de 40 milhões de euros. São muitos, pois, os desafios que tivemos e temos de superar para renovar o parque escolar nas nossas ilhas e assegurar as condições adequadas às melhores práticas educativas e à transformação da escola num lugar atractivo e seguro.
A boa Escola, porém, não se faz apenas com bons edifícios. O investimento, por exemplo, que estamos a fazer nas tecnologias de informação e comunicação em algumas escolas da Região, permitiu, designadamente, uma redução significativa do rácio de número de alunos por computador, actualmente na ordem dos sete para um, a generalização progressiva de quadros interactivos, a criação de vários centros audiovisuais e multimédia, e a melhoria em geral de estruturas de rede e de comunicações.
Será agora necessário concentrar o esforço em projectos dirigidos à dinamização e rentabilização dos equipamentos existentes nas escolas, e apostar na formação, com vista à melhoria das taxas de utilização dos equipamentos, visando a integração efectiva dos recursos em contexto educativo.
Já conseguimos nos Açores importantes ganhos no sector da educação, mas a nossa aposta tem de continuar a assentar na consciência da importância da educação e da formação profissional para a qualidade e a sustentação do desenvolvimento regional. Concretizar a universalização da frequência da Educação Pré-Escolar e do Ensino Básico e Secundário, alargar as oportunidades de qualificação certificada para os jovens e os adultos, promover a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e a responsabilização de todos os actores educativos, com destaque para as famílias, os pais e encarregados de educação, são os desafios mais emergentes que se colocam entre nós e que devem motivar as nossas diligências e a nossa acção reformista.
Neste ano em que assinalamos o centenário da implantação da República e em que reafirmamos o desígnio republicano da educação universal e da gratuitidade da escola pública, devemos continuar a fazer tudo o que soubermos e pudermos para, numa região que não nasceu rica e numa terra pequena e pouco populosa como a nossa, fomentarmos as oportunidades de inovação e de sucesso mediante a valorização das pessoas através do sistema educativo. É assim que enquadramos melhor o presente e o futuro dos Açores, numa visão progressiva que depende da capacidade de impulsão do seu capital humano.
Sempre que adoptamos uma medida nova, que introduzimos uma mudança, ou que realizamos uma obra como a deste pavilhão desportivo no ambiente escolar, queremos avançar na concretização desses propósitos. Hoje, em Sta. Cruz das Flores, fizemos o que devíamos fazer e ganhamos mais um desafio.
Parabéns a todos. Obrigado.”
GaCS/CT







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