sábado, 18 de junho de 2016

Intervenção preventiva na falésia de Rabo de Peixe arrancou hoje

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia acompanhou hoje de manhã, em Rabo de Peixe, na ilha de S. Miguel, o desprendimento controlado de blocos na arriba onde se situa a Rua de São Sebastião e que estavam na iminência de ruir na sequência da derrocada registada na quinta-feira.

“Esta é uma intervenção preventiva”, afirmou Fausto Brito e Abreu, acrescentando que a operação de desprendimento de blocos, realizada por uma equipa especializada de bombeiros da Ribeira Grande e com acompanhamento técnico dos peritos da Direção Regional dos Assuntos do Mar e do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), “correu bem”.

“Esta ação cirúrgica permitiu, nesta fase, aliviar a pressão sobre uma zona da crista da arriba que, através da monitorização visual, revelava acelerada fissuração”, frisou o Secretário Regional, salientando que “foi recomendado à Câmara Municipal efetuar “um teste à rede das águas pluviais” para apurar se está a contribuir para o deslizamento de terras e pedras naquela falésia.

Brito e Abreu adiantou que a zona vai ser “vedada com gradeamentos” e que a Capitania do Porto irá colocar editais a interditar o acesso de pessoas à base de toda a falésia que é, por vezes, utilizada como zona balnear.

O Secretário Regional recordou que se trata de uma zona que continua instável, sendo, por isso, considerada “de risco”, apelando aos habitantes para que respeitem a sinalização de perigo existente.

O Governo dos Açores tem previsto para aquele local, até ao final do ano, uma intervenção com 350 metros de extensão, enraizada no enrocamento do contra molhe sul do Porto de Pescas, protegendo toda a baía, prevendo-se também a realização de trabalhos na vertente e na crista da arriba.

Para além da proteção da base da arriba, o projeto de execução, que estará concluído em julho, compreende também a impermeabilização dos terrenos desocupados na crista da arriba e a adequação do sistema de drenagem pluvial da zona, com o objetivo de mitigar a infiltração de águas pluviais na falésia.

A zona onde ocorreu a derrocada está já a ser intervencionada desde 2015 por parte do Governo dos Açores, tendo-se procedido à demolição de mais de duas dezenas de imóveis em risco, à retirada do passeio do lado norte e à construção de um muro, bem como à imposição de restrições ao trânsito naquela rua, seguindo as recomendações do LREC.


GaCS

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