quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Medidas de austeridade não são consequência dos últimos cinco anos de governação do país



O Vice-Presidente do Governo dos Açores garantiu hoje, na Horta, que as medidas de austeridade que estão a ser tomadas actualmente em Portugal não são consequência de um alegado “desgoverno” de José Sócrates nos últimos cinco anos.

A ideia foi expressa por Sérgio Ávila esta manhã na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, em resposta a uma intervenção do deputado Artur Lima, líder da bancada parlamentar do CDS/PP.

Segundo referiu o governante açoriano, a crise alastra por toda a parte e é claro que José Sócrates nada tem a ver com as situações difíceis que se vivem em países europeus como a Roménia, onde os funcionários públicos viram os seus salários reduzidos em 25%, a Inglaterra, que ontem anunciou a redução de centenas de milhares de funcionários, a Irlanda e a Islândia, à beira da falência, ou a Itália, cuja dívida pública já ultrapassa os 150% do PIB.

Serão todos os governos desses países europeus incompetentes, irresponsáveis e desprovidos de qualquer capacidade para tomarem medidas correctas?, indagou Sérgio Ávila.

Além do mais, disse ainda o Vice-Presidente do Governo, importa referir que os governos daqueles países, alguns até responsáveis pela implementação de medidas mais gravosas do que as que foram anunciadas em Portugal, são da família do Partido Popular Europeu.

Não deixa de ser estranho que o CDS/PP tenha a solução para Portugal, mas a vossa família política não tenha solução para mais qualquer outro país europeu, argumentou Sérgio Ávila.


GaCS/FG

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