sábado, 30 de outubro de 2010

Primeira fase da limpeza de algas concluída na Madalena



Terminou ontem a primeira fase de limpeza de algas no Cais Velho da Madalena na Ilha do Pico. Duas semanas após a violenta tempestade que acumulou toneladas de algas na estrutura portuária da vila da Madalena, apesar de não haver perigo para a saúde pública, mas dado o enorme incómodo odorífico, foi iniciada uma operação para a remoção de algas.

Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar adiantou que “dada a inalteração do regime oceanográfico, tivemos de actuar. Graças ao esforço conjunto de diversas entidades públicas e privadas, conseguimos retirar uma enorme massa de algas e reduzir significativamente os cheiros. Por princípio, os trabalhos estão concluídos, mas, caso se verifique nova acumulação e consequente libertação de maus cheiros, reiniciaremos as operações na próxima semana.”

Grande parte das algas que estavam acumuladas no fundo já se tinham transformado em lodos, tendo esta passagem libertado grande quantidades de gases ricos em enxofre o que provocou os maus cheiros. Dada a presença de uma grande quantidade de algas ainda não transformada e sendo a situação oceanográfica promotora da manutenção da acumulação, seria espectável que os maus cheiros se mantivessem caso não tivesse havido qualquer actuação.

Nos trabalhos já realizados desde dia 25 de Outubro foram retirados 85 metros cúbicos de algas e lodos, tendo sido 68 retirados ontem, dia em que se utilizou um novo equipamento que possuía uma lança com seis metros.

Reitera-se que não há qualquer indicação de que o ocorrido no Cais Velho da Madalena resulte de outro que não a acumulação de algas em enorme quantidade. Apesar de ser um fenómeno muito raro nos Açores, enquadra-se dentro da normalidade dado o cenário oceanográfico e biológico em presença.

Sob a coordenação da Administração dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental e da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, estiveram integrados nos trabalhos pessoal e máquinas das delegações de ilha das Secretarias Regionais da Ciência, Tecnologia e Equipamentos e Agricultura e Florestas e duas empresas privadas. Para além destas instituições, tanto o Serviço Regional de Protecção Civil e a Universidade dos Açores, através do Departamento de Oceanografia e Pescas e do Centro Vulcanológico e Avaliação de Riscos Geológicos, acompanham e estudam esta situação.



GaCS/SF/SRAM

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