O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou, em Angra do Heroísmo, que a publicação da obra completa de Maria Olímpia da Rocha Gil significa a "gratidão” do Governo dos Açores pela "valia” da historiadora.
Avelino Meneses, que falava quinta-feira na apresentação de 'O Arquipélago dos Açores no século XVII – aspetos sócio-económicos (1575-1675)', salientou que a obra desta historiadora, natural do Faial e que lecionou nos anos 70 nas ilhas Terceira e de S. Miguel, “transpira Açorianidade”.
Na identificação da “peculiaridade açoriana”, uns "invocam muito o afastamento do mundo e a descontinuidade do território que convertem os Açores em agenda da cristalização de comportamentos, ou seja, em sinónimo de isolamento, enquanto outros destacam muito o privilegiado posicionamento no Atlântico norte, que transforma os Açores em meio de aproximação dos continentes, ou seja, em sinónimo de universalidade”, frisou Avelino Meneses.
Olímpia Gil, salientou o Secretário Regional, “perspicaz”, logo entendeu que “o caráter da Açorianidade reside precisamente nesta mescla do isolamento com a universalidade”.
Na sua intervenção, destacou, por outro lado, a transfiguração operada ao nível da historiografia no último meio século e o papel que coube à Universidade dos Açores neste processo, ao proporcionar a formação de quadros e, por consequência, o acréscimo de projetos e de publicações.
Neste contexto, Avelino Meneses enalteceu o trabalho desenvolvido por Artur Teodoro de Matos, coordenador da reedição da obra de Olímpia Gil, no âmbito do Departamento de História da academia açoriana.
A obra de Olímpia Gil, cujo apresentação do segundo volume esteve a cargo do docente universitário e investigador João Teles e Cunha, será complementada “em breve” com um terceiro e último volume, que incluirá vários outros estudos dispersos por outros livros coletivos, revistas e atas de congressos.
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GaCS
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