domingo, 21 de julho de 2013

Direção Regional dos Assuntos do Mar alerta para presença de muitas águas-vivas em São Miguel

Uma nota da Direção Regional dos Assuntos do Mar alerta para o facto de terem sido registadas, nos dias de ontem e de hoje, concentrações elevadas de águas-vivas nas zonas balneares da costa Sul da ilha de São Miguel.

Conforme refere a nota, solicita-se especial atenção e seguimento das orientações dadas pelos nadadores-salvadores. Foram já registados casos de “picadas” sem gravidade especial nas zonas balneares de Água d’Alto, Ribeira Quente e Ilhéu de Vila Franca.

A espécie que tem estado a ser observada, com o nome científico de Pelagia noctiluca, não oferece perigo especial para a generalidade das pessoas. No entanto, a irritação e a dor provocada é desagradável pelo que se deve evitar o contacto. Em caso de contacto, aconselha-se a comunicação ao nadador-salvador, para verificação do nível de gravidade e aplicação de medicação, ou a simples colocação de vinagre ou água salgada em grande quantidade. A dor pode ser reduzida com gelo.

Apesar de não haver ainda registo da sua presença neste momento, a espécie Physalia physalis, comummente chamada de caravela-portuguesa, também pode ocorrer nas nossas águas neste período e essa é particularmente perigosa, pelo que o seu contacto deve ser evitado a todo o custo. Estes animais, com corpo flutuante rosa, são observáveis a uma distância considerável. No entanto, é necessário ter em atenção que os seus tentáculos, a parte urticante, podem ter sete metros de comprimento ou mais. Em caso de contacto com este animal, deverá contactar de imediato os serviços médicos.

Este aumento na quantidade de águas-vivas na ilha de São Miguel segue-se ao mesmo fenómeno observado nas ilhas do Grupo Central e Grupo Ocidental, podendo ser o resultado do movimento das massas de água de Oeste para Este. Caso se confirme, a concentração destes invertebrados irá reduzir-se nos próximos dias, voltando a normalidade também nesta ilha.

As águas-vivas e caravelas ocorrem naturalmente nos Açores, havendo máximos na sua concentração nos períodos de final de Primavera e início do Verão. Apesar de desagradáveis para os banhistas, são animais essenciais para a estruturação do ecossistema e têm como predadores naturais as tartarugas-marinhas e os peixe-lua, entre outros.

Para mais informações sugere-se o contacto com os nadadores-salvadores, Polícia Marítima ou os serviços do Parque Natural de São Miguel.



GaCS

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