quinta-feira, 2 de julho de 2015

As cantinas escolares ainda são o melhor exemplo da nutrição mais racional, afirma Secretário Regional da Educação e Cultura

O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou hoje, em Angra do Heroísmo, que nos nossos dias as cantinas escolares “ainda são o melhor bastião, o melhor exemplo da nutrição mais racional”.

Falando à margem de uma audição parlamentar sobre a qualidade nutricional das refeições escolares, Avelino Meneses considerou que o fornecimento de refeições “completas, equilibradas, variadas e seguras “ dentro das escolas constitui “um meio de prevenção da doença, um modo de promoção da saúde”.

“Fora das escolas, até no próprio ambiente familiar, a violação das regras mais básicas da educação alimentar estraga, infelizmente, muita da pedagogia que diariamente incutimos no espírito dos alunos”, frisou.

O Secretário Regional da Educação e Cultura adiantou que, no próximo ano letivo, em complemento ao manual que a Direção Regional da Educação anualmente atualizada com “orientações básicas e práticas” sobre o funcionamento do serviço de refeições escolares, será disponibilizado às escolas um outro manual sobre higiene e segurança alimentar.

Ao mesmo tempo, cada escola desenvolve um programa de educação e higiene alimentar promovido pelas equipas de saúde escolar à luz do preceituado no Plano Regional de Saúde, no âmbito da área e intervenção para a saúde em contexto escolar, especificou.

A este conjunto de situações acrescem as especificações e indicações, quer de confeção, distribuição e de empratamento de refeições com “as indicações sobre a ementa, a composição e as capitações mínimas”, bem como a fiscalização, em particular nas ilhas de S. Miguel e Terceira, e a colaboração dos nutricionistas pertencentes às unidades e saúde espalhadas por todas a ilhas.

Nestas circunstâncias, Avelino Meneses considerou que “não se antevê a obtenção e grande vantagem na implementação, num prazo de seis meses, de novos critérios de aferição da qualidade nutricional nas cantinas escolares, porque simplesmente estes critérios já existem”.

Por outro lado, quanto à implementação de um programa de incentivo ao consumo de peixe dos Açores nas cantinas do Sistema Educativo Regional, Secretário Regional da Educação e Cultura antevê dificuldades de vária ordem que, entretanto, o Governo procura vencer.

É que “para além de todos os benefícios para a saúde da comunidade escolar, o acréscimo do consumo de peixe capturado nos nossos mares traria ainda vantagens para a economia das nossas ilhas”, enfatizou. Porém, admitiu Avelino Meneses, “são muitas as contrariedades que embaraçam” o aumento da disponibilização de mais peixe nas cantinas escolares.

“Antes de mais a descoberta de fornecedores de pescado capazes de responder com regularidade ao aumento do consumo. Pior do que isto, o fornecimento de peixe com escamas, espinhas e vísceras exige mais manipuladores de alimentos, levantando dificuldades de gestão às escolas e às empresas, considerando o elevado número de refeições servidas, por vezes acima das mil que, nalguns casos, já obrigam o início dos trabalhos por volta das cinco horas da manhã”, adiantou.

Quer isto dizer, concluiu o Secretário Regional da Educação e Cultura, que “o desejável acréscimo do consumo de peixe dos Açores nas escolas exige a montante a melhoria dos sistemas de transformação e armazenamento, para que possa, com regularidade, ser fornecido em grandes quantidades”.

Anexos:
2015.07.02-SREC-ComissãoAssuntosSociais.mp3

GaCS

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