quarta-feira, 25 de maio de 2011

Museu de Angra expõe Museu) em (Aberto



A exposição intitulada Museu) em (Aberto, da autoria de António Araújo, será inaugurada na próxima sexta-feira, pelas 18 horas, na Sala Dacosta do Museu de Angra do Heroísmo.

Nesta instalação, António Araújo recorre ao vídeo para explorar seis peças do acervo do Museu de Angra que foram já alvo da sua objectiva, em trabalhos divulgados na rubrica Museu Aberto, publicada quinzenalmente na revista do Diário Insular, desde 2006.

A esta primeira tentativa de abrir ao público o vasto espólio do Museu de Angra do Heroísmo, mediante o recurso a uma perspectiva pessoal, capaz de valorizar esteticamente as peças e de dar conta do seu valor e significado, em termos históricos, culturais e afectivos, seguiram-se duas exposições em telas de grandes dimensões, afixadas nas fachadas da Igreja de Nossa Senhora da Guia, da Caixa Geral de Depósitos e da Igreja da Misericórdia de Angra, numa iniciativa que visou aproximar ainda mais os terceirenses do seu museu.

Em o Museu) em (Aberto, o dinamismo inerente ao novo suporte utilizado por António Araújo permite-nos acompanhar o percurso traçado pelo seu olhar que deambula e esquadrinha, detendo-se curioso e apreciador, embevecendo-se e encantando-se, numa rota de descoberta que decompõe cada uma das peças para a reconstituir numa mais rica e renovada composição.

As peças exploradas são de natureza variada, dando conta da natureza rica e heterogénea do acervo no Museu de Angra do Heroísmo. Das mesmas, destacam-se, pelo requinte da manufactura, um tabuleiro de xadrez em marfim, do século XVIII, de origem chinesa, e, pela sua representatividade em termos da memória colectiva angrense, uma casaca bordada do cavaleiro tauromáquico terceirense Virgínio Pedro Ávila.

O conjunto de vídeos é completado por duas peças de arte sacra – a Última Ceia, atribuída aos mestres da Sé de Angra (século XVII), e o Arcanjo S. Gabriel, magnífica peça de estatuária barroca –, um prelo belga do século XX e a oficina de ferreiro que integra a Bateria de Artilharia Schneider-Canet, único conjunto completo do género em instituições museológicas, parcialmente apresentado na exposição E o aço mudou o mundo… Uma Bateria de Artilharia Schneider-Canet nos Açores.

Esta instalação estará patente ao público até 9 de Outubro, com entrada gratuita ao domingo, podendo ser visitada no horário normal de funcionamento do Museu: das 9:30 às 17 horas de terça a sexta-feira e das 14 às 17 horas aos sábados e domingos.


GaCS/DRaC

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