
No discurso subjacente do Embaixador de Israel em Portugal, em entrevista à comunicação social regional, ficou a ideia de que as entidades oficiais israelitas estariam à espera dos contactos portugueses para a viabilização da exportação de gado bovino para Israel.
No entanto, Israel procedeu a uma alteração legislativa - de que Portugal só teve conhecimento em Março de 2010 - e, com base na mesma, considerava estarem ultrapassados os “problemas” para a exportação de bovinos para aquele país.
Mediante essa alteração legislativa as próprias autoridades israelitas definiram um processo - que compreende sete a oito passos – para concretizar a exportação/importação.
Em Agosto deste ano, em cumprimento de um dos passos, as autoridades portuguesas enviaram a Israel um questionário.
Só mediante resposta ao mesmo por parte de Israel - o que não aconteceu até agora, havendo apenas, depois de muita insistência das autoridades nacionais, da Embaixada de Portugal em Telavive e até da própria Comissão Europeia - indicação que Israel está a analisar esse questionário - poderia Portugal formalizar um convite a Israel para a realização de uma missão a Portugal e não o inverso.
Esta missão destinar-se-ia a concretizar a certificação das autoridades sanitárias portuguesas por parte de Israel, missão, essa, (promovida pela Direcção Geral de Veterinária) que poderia incluir uma deslocação aos Açores, como esteve aliás prevista para Abril de 2010 e não se concretizou por manifesto desinteresse de Israel.
Ou seja, convidar os Israelitas para uma missão a Portugal antes da resposta ao questionário seria contrariar a ordem processual determinada pelas próprias autoridades Israelitas.
Informalmente o Gabinete de Planeamento e Política do Ministério da Agricultura tem indicação que o importador israelita tem mantido a sua insistência em avançar com o processo pois, ao que tudo indica, terá obtido a concordância/interesse do operador açoriano para a realização da operação comercial - exportação dos Açores para Israel.
No entanto, a realização dessa operação só pode ocorrer quando Israel certificar as autoridades sanitárias de Portugal.
Ao contrário do discurso subjacente do Embaixador de Israel em Portugal, são as autoridades israelitas que não têm dado seguimento ao processo que permitirá a exportação de gado bovino dos Açores para aquele país.
GaCS







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