Carlos César considera que as forças de segurança na Região não conseguem beneficiar da proximidade da administração regional, por via de limitações de carácter legal de que disse discordar.
O Presidente do Governo Regional, que falava no final de uma reunião com os membros do Gabinete Coordenador de Segurança da Região Autónoma dos Açores, mostrou-se contrário à legislação que impede a mobilidade entre as administrações central, regional e local, por a considerar prejudicial.
Carlos César insistiu em que se trata de uma medida que não subscreve, “até porque há lugares com funcionários a mais, por contrapartida a outros em que há funcionários a menos, e, portanto, essa mobilidade até seria vantajosa para todos os níveis da administração.”
Apesar das limitações, a colaboração do Governo foi assegurada, segundo revelou, aos elementos representativos das diversas forças de segurança, com vista à “inclusão desses serviços em programas ocupacionais, de estágio e de formação profissional que o Governo Regional desenvolve.”
Carlos César revelou, depois, que nesta reunião foi possível concluir que “tem havido uma diminuição sensível dos crimes violentos e graves e, até, da criminalidade em geral.”
Todavia, o Presidente do Governo chamou a atenção para a necessidade de uma grande atenção face à situação de instabilidade social e às questões com que, em geral, os Açores se confrontam por via da sua posição geoestratégica, defendendo a importância de uma coordenação de esforços e de actuação por parte das forças de segurança que actuam na região.
“Nós, periodicamente, fazemos aqui o ponto de situação sobre essa colaboração”, sublinhou Carlos César, adiantando que é também feito um levantamento dos problemas, designadamente das carências detectadas, de forma a “actualizar e melhorar a capacidade operacional e os dispositivos que temos nos Açores.”
Concluindo, o Presidente do Governo realçou que “este ambiente de trabalho que junta à mesma mesa a Polícia Marítima, a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública, a GNR, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Serviço de Informação e Segurança, o Serviços de Aeroportos, os Serviços Prisionais e outras entidades, constitui uma rede que assegura a informação, a tranquilidade e o serviço que são necessários numa região como a nossa.”
GaCS
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