
O Presidente do Governo dos Açores qualificou de “especialmente produtivo” o encontro que teve esta tarde, em Lisboa, com o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
Carlos César falou mesmo de "sintonização perfeita" na análise conjunta a assuntos de interesse específico para a região, designadamente no que se refere, por exemplo, às contrapartidas do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos, "na componente que releva para as ajudas aos Açores e para a presença americana na Base das Lajes."
Segundo o Presidente do Governo dos Açores, “equacionamos e debatemos as questões que envolvem o interesse estratégico, que nós consideramos que continua a prevalecer, da presença dos Estados Unidos nos Açores. O arquipélago constitui uma plataforma de diálogo transatlântico que, do ponto de vista operacional, continua a ser de grande interesse para a projecção externa dos Estados Unidos e, portanto, essa presença deve ser valorizada, e o diálogo entre o nosso país e os Estados Unidos deve ser também muito assente no interesse e na motivação que essa plataforma representa para que essa relação seja frutuosa”.
Carlos César adiantou ainda que, “se nós excluirmos a nossa presença no Atlântico, designadamente através dos Açores, é evidente que a relação luso-americana se desqualifica. A aposta do Governo português na valorização dos Açores do ponto de vista estratégico é também uma aposta na valorização do país e do diálogo luso-americano e é nesse sentido que nós trabalhamos, acautelando também questões operativas e questões que envolvem a cooperação com os Açores e a dignidade da presença dos Estados Unidos na Região Autónoma”.
A chamada diplomacia económica foi também um ponto forte do encontro. Em declarações aos jornalistas, Carlos César quis “realçar o interesse e a forma renovada como o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) tem suscitado junto dos Açores e tem concitado as autoridades regionais para as acções de diplomacia económica que tem em fase de planeamento”.
O Presidente do Governo dos Açores considerou que “era muito importante para os Açores que existisse uma acção mais persuasiva e de maior convocação de interesses por parte de investidores externos para que também na Região Autónoma dos Açores fosse possível aumentar o investimento externo e fosse possível atrair a atenção de novos investidores. O interesse que o MNE revela sobre essa matéria tranquiliza-nos e vai permitir uma colaboração mais estreita entre as instituições que têm a seu cargo e sob a tutela do MNE exercer essa componente de atractividade económica do nosso país e também do Governo Regional”.
Por isso, nos próximos dias e semanas, o Governo Regional e o da República vão trabalhar para operacionalizar essas novas diligências que, espera Carlos César, “tenham bons resultados para os Açores”.
Os assuntos europeus foram outro tema em análise. A importância de os Açores presidirem, neste momento, à Conferência das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia, numa fase em que se debatem as questões que envolvem a estratégia europeia para o período 2014-2020, as que envolvem a Política Regional e a Política de Coesão e a condução que Portugal deve fazer também em Bruxelas do acompanhamento destes assuntos foi também matéria de “sintonização perfeita” entre o Governo de Carlos César e o Ministério de Paulo Portas.
GaCS







Sem comentários:
Enviar um comentário