
O Observatório Microbiano dos Açores irá abrir em Janeiro, do próximo ano, garantiu o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e equipamentos, esta manhã, numa visita às obras de conservação e manutenção do edifício.
Na ocasião, José Contente afirmou que “as obras que estão a decorrer no OMIC representam a melhoria da acessibilidade às pessoas, nomeadamente, aos cidadãos portadores de deficiência, e por outro lado, garante melhores condições aos visitantes, trabalhadores e às exposições deste observatório, importante no caso das Furnas, como a hidrópole dos Açores e que de algum modo representa também, mais um centro de divulgação de ciência”.
O Secretário da Ciência Tecnologia e Equipamentos referiu que a empreitada orçada em 60 mil euros, contempla obras de electricidade, obras de reboco, para retirar a humidade de uma zona que tem essa característica muito particular, e também irá criar melhores condições de segurança sob o ponto de vista da intrusão e das questões ligadas ao fogo.
“O observatório microbiano das Furnas insere-se na política de divulgação científica e tecnológica do Governo dos Açores, valorizando o nosso património e permitindo também que a investigação científica fique mais desperta, contribuindo juntamente com as pessoas, para o valor dos recursos genéticos e patrimoniais que existem nos Açores”.
Para o governante açoriano, a importância deste observatório mede-se pelo facto de as pessoas perceberem que a partir dos seres extremófilos, que ali vivem em condições extremas de temperaturas, podem-se criar produtos de alto valor acrescentado e muito caros, na área da cosmética e da produção industrial e sobretudo que a transferência desses conhecimentos para unidades industriais podem produzir uma economia mais sustentável. “O futuro dos Açores vai contar, quer aqui, quer no mar, quer em outras áreas, com os nossos recursos genéticos e patrimoniais”, afirmou.
José Contente, desafiou a população em geral, a investigação e os empresários a aproveitarem a dinâmica e o espírito empreendedor destes recursos de modo a dar maior sustentabilidade à autonomia regional que já depende, em termos económicos, de sectores tradicionais como o do turismo e da agricultura.” É necessário transferir o conhecimento para empresas, para pessoas que tenham no empreendedorismo e na inovação a sua capacidade de obterem lucro e de aproveitarem também a riqueza dos Açores, traduzindo isso em emprego qualificado e em empresas, que possam exportar aquilo que são mais-valias para os Açores e que estão adormecidas”, referiu o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
O Secretário Regional defendeu que o observatório microbiano demonstra que ainda há muito a fazer pelos Açores e há que preservar e defender os nossos recursos, por isso o Governo Regional elaborou, recentemente, uma legislação que não permite virem saquear estes recursos e que significa também a atenção do executivo açoriano no futuro da sociedade da informação e do conhecimento.







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