sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Carlos César convicto de que a agricultura de Santa Maria está no bom caminho e que vai evoluir ainda mais


Santa Maria tem, desde hoje, um Centro Logístico Agro-Alimentar para apoio e valorização das produções agrícolas da ilha, que permite, em simultâneo, a prestação de apoio técnico aos produtores, bem como a recepção, preparação e colocação no mercado dos seus produtos.


Presidindo à cerimónia de inauguração da nova infra-estrutura, Carlos César considerou que aquele investimento da AGROMARIENSECOOP, de cerca de um milhão e oitocentos mil euros, com uma ajuda pública, a fundo perdido, de 75%, “representa um instrumento de enorme valor na alteração de padrão organizacional da agricultura mariense.”

Estando tradicionalmente vocacionado para uma produção de subsistência e para a comercialização de factores de produção por via de importações – como acentuou o Presidente do Governo Regional – o sector agrícola tem conhecido em Santa Maria, nos últimos cinco anos, um impulso.

Para o governante, pode-se já falar-se da qualidade da sua produção de carne de bovino e da produção de meloa, que registou um significativo amento, passando de cerca de vinte toneladas, há cinco anos, para uma produção mais valorizada, que é também colocada em mercados exteriores à Região e que já ultrapassa as 100 toneladas anuais.

“Com este centro logístico e operacional que hoje inauguramos, damos, pois, um novo suporte aos agricultores e aos produtos agrícolas desta ilha, em particular na área da diversificação, onde já decorrem interessantes iniciativas de mercado, mesmo para além da produção de meloa”, disse.

Exemplificando com a produção do mel com denominação de origem protegida e das compotas, Carlos César sublinhou que “em Santa Maria, como em todas as nossas ilhas, a agricultura tem vindo a percorrer um caminho permanente de modernização, qualidade e eficiência que é motivo de orgulho para todos nós.”

No entanto, não se deve, em sua opinião, “ignorar as dificuldades de financiamentos da iniciativa empreendedora privada e da competição nos mercados, mas o caminho imediato, a não perder, é o da continuidade do apoio do governo aos produtores e o da responsabilidade e melhoria das competências destes.”

Como fez questão de salientar, “as opções orçamentais do Governo Regional para o investimento público em 2012 voltam a confirmar a agricultura como um sector de grande prioridade política para nós e de grande importância para os Açores produtivos que queremos”, opções essas a que os agricultores têm reagido bem, aproveitando o investimento público feito.

“Aqui mesmo, em Santa Maria, executámos recentemente, por exemplo, um importante investimento, superior a 6,5 milhões de euros, no sistema integrado de abastecimento de água à lavoura que beneficia igualmente toda a população desta ilha, e investimos cerca de 3,5 milhões de euros no matadouro industrial e na sua sala de desmancha, que agora pode e deve ser aproveitada pela dinâmica que a AGROMARIENSECOOP está a desenvolver”, recordou o Presidente do Governo.

Os investimentos governamentais, em conjunto com os dos agricultores, em sanidade animal e vegetal, na modernização das explorações, na informação e formação agrárias, foram também apontados como “bons exemplos desse esforço em que o Governo e os agricultores têm estado irmanados com muitos casos de sucesso.”

Reafirmando a sua convicção de que o novo Centro Logístico Agro-Alimentar de Santa Maria Simultaneamente trará condições de aprofundamento da sustentabilidade das cadeias de valor agrícola da ilha e, com isso, mais emprego e mais riqueza, Carlos César disse que ninguém deve ficar indiferente a esta ova dimensão da agricultura mariense.

“Há que vencer desafios: de maior eficiência e rigor na gestão, nas dinâmicas de abordagem do mercado e dos consumidores, na divulgação e promoção dos produtos e numa profissionalização consciente”, concluiu.



GaCS

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