
O Secretário Regional da Saúde, Miguel Correia, presidiu, esta manhã, em Ponta Delgada, à sessão de abertura do XII Congresso de Endocrinologia e Nutrição dos Açores e das XIII Jornadas de Diabetologia.
Na ocasião, o governante realçou a importância da realização destes encontros, que abordam matérias que são transversais às doenças civilizacionais, e que por isso têm constituído uma prioridade do executivo implementada no Plano Regional de Saúde, como é o caso do Plano Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes e Luta Contra a Obesidade.
Segundo dados recentes sobre a obesidade na Região, a situação tem vindo a melhorar, também os resultados do rastreio aos alunos do 5.º ano de escolaridade no arquipélago apresentam valores semelhantes aos realizados no Continente, sendo superiores junto dos rapazes e ligeiramente inferiores nas raparigas, sublinhou o Secretário Regional da Saúde.
Nesse sentido, o Governo Regional tem apoiado iniciativas que visam sensibilizar os cidadãos para um estilo de vida saudável e no âmbito do Plano Regional da Saúde Escolar, todas as escolas têm realizado centenas de acções na sua maioria incidindo sobre os problemas da alimentação e da nutrição.
Por outro lado, desde 2009, cada centro de saúde da Região foi dotado de um técnico de nutrição, uma medida, que no entender de Miguel Correia veio trazer uma mais-valia na implementação do programa específico da diabetes e obesidade, por forma a acompanhar os casos que vierem a ser referenciados no rastreio escolar.
Recentemente iniciou-se na ilha do Pico o rastreio da retinopatia diabética que abrangerá dentro de um ano os 16.550 diatéticos registados em toda a Região, advogou o governante.
O grande desafio que agora se coloca, tendo em conta o actual contexto mundial, prende-se com a sustentabilidade do sistema de saúde, uma meta a que o executivo açoriano já se antecipou com a adopção de várias medidas, como é o caso da contratação de médicos estrangeiros, especificou o Secretário Regional da Saúde.
Para o titular da pasta da Saúde, provavelmente haverá a necessidade de contratar mais profissionais no estrangeiro, para dar resposta aos concelhos onde faltam médicos de famílias, além de reforçar as equipas e alargar o raio de acção no apoio domiciliário prestando um apoio directo às pessoas e diminuindo a pressão nos serviços de urgências e nos cuidados hospitalares.
A redução de custos com a reorganização dos serviços e a promoção de políticas de qualidade é outras das apostas para a sustentabilidade do sistema de saúde, mas também, segundo afirmou.
Para o governante a redução de custos passa, também, pela decisão terapêutica ou de diagnóstico dos médicos, pedindo por isso, uma melhor ponderação das efectivas necessidades de cada doente combatendo a duplicação dos exames de diagnóstico.
A adopção de estilos de vida saudáveis possibilita uma melhor qualidade e um atraso e a diminuição da incidência da doença, por isso, Miguel Correia deixa o apelo para que todos contribuam pensando de forma colectiva e não protegendo os interesses individuais, pois só essa consciência nos permitirá enfrentar os tempos futuros.
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