domingo, 20 de fevereiro de 2011

Carlos César diz que a comunicação social privilegia as insuficiências e os problemas



O Presidente do Governo dos Açores disse ao fim da manhã de hoje que “são quase sempre as insuficiências e os problemas que alcançam o privilégio da mediatização”.

Carlos César – que presidia à cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do novo edifício do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da Ribeira Grande – acrescentou que, assim, “ficam no desconhecimento, excepto para os próprios beneficiários, os Açores positivos que diariamente se constroem e se usufruem.”

Ora, como também disse, o Governo tem vindo a fazer um importante esforço, “que não sendo bem conhecido é muito relevante”, para diferenciar e adequar os apoios, que são requeridos e que se mostram necessários às pessoas com deficiências e necessidades especiais.

Com esse propósito, o Governo Regional tem criado centros de atendimento e acompanhamento psicossocial e unidades de reabilitação com recursos técnicos multidisciplinares consoante as problemáticas, desenvolvendo iniciativas de serviços de transporte adaptado para pessoas com mobilidade reduzida, residências adaptadas, centros de promoção de emprego social, apartamentos de inserção e unidades de vida apoiada e protegida.

“São serviços que o Governo Regional financia em cada ano em mais de três milhões de euros e que apoiam cerca de 550 açorianos e açorianas, que procuramos que tenham uma vida o mais integrada e melhor possível”, sublinhou Carlos César.

O governante – realçando que o apoio imprescindível às pessoas com deficiência, ou com doença degenerativa ou em situação de dependência por motivo de doença mental, não se esgota na criação de equipamentos e de novas valências – afirmou ser importante assegurar um processo de reabilitação e suporte social que acompanhe todo o ciclo de vida dessas pessoas.

Assim, têm sido dadas orientações para que cada CAO elabore planos individuais que enquadrem a inclusão social e profissional das pessoas acolhidas, a qual, aliás, em muitos casos, já é concretizada pela via do trabalho ocupacional e protegido.

“Esse é um trabalho que deve mobilizar activamente os técnicos e as direcções das instituições que lidam com este tipo de pessoas e que pode e deve ser desenvolvido, de forma partilhada, com os serviços especializados e locais da Acção Social, da Habitação, do Emprego, da Educação, da Saúde, das autarquias e da rede de instituições particulares de solidariedade social parceiras, proporcionando, assim, programas pedagógicos particularizados cujo conteúdo complemente o habitualmente realizado dentro dos centros de actividades ocupacionais”, disse o Presidente do Governo.

O Centro de Actividades Ocupacionais da Ribeira Grande, a cargo da Santa Casa da Misericórdia daquela cidade, poderá, com o novo edifício, aumentar de trinta para cinquenta pessoas a capacidade de resposta da instituição nessa valência.

Segundo espera o Governo, o novo edifício – que representa um investimento governamental que ultrapassa os dois milhões de euros – deverá ficar concluído no final do Verão do próximo ano, integrando os dezassete Centros de Actividades Ocupacionais já existentes nas nossas ilhas.

“Melhoram-se, desse modo, em quantidade e em qualidade, estes serviços, os quais têm um enorme valor assistencial para as pessoas a que se dirigem, mas também constituem uma grande ajuda às famílias”, acentuou Carlos César.



GaCS/CT

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