quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Realizadas 3826 cirurgias no âmbito do programa de recuperação de listas de espera



No âmbito de programa de recuperação de listas de espera cirúrgicas foram intervencionadas, nos últimos três anos, 3626 pessoas nos três hospitais da Região.

A este número devem acrescentar-se mais 200 cirurgias realizadas por médicos vindos, propositadamente, do continente português.

A implementação do vale saúde será um contributo importante para o desenvolvimento deste programa, em particular depois da recente alteração, introduzida pela Assembleia Legislativa dos Açores, que permite a contratualização de cirurgias entre o Serviço Regional de Saúde e unidades de saúde privadas.

O executivo regional, entretanto, em resposta a um requerimento da oposição no Parlamento Regional, reitera que os cortes das prevenções, implementados nos Hospitais da Região, no âmbito do programa de contenção de custos, obedeceram sempre aos parâmetros de qualidade e segurança e tiveram em conta a legislação em vigor, não colocando em causa a prestação dos cuidados de saúde às populações.

O Governo dos Açores explica que, na especialidade de Oncologia, o doente pode sempre ser assistido pela equipa médica presente nesse serviço e pelo anestesista, nomeadamente para processos de dor oncológica, ou de especialistas de medicina interna para os efeitos secundários da quimioterapia.

Em Estomatologia, por sua vez, e no caso de dor aguda, o doente pode ser atendido pelas especialidades convencionais e posteriormente reencaminhado para as consultas, no horário normal de funcionamento.

No caso da cirurgia plástica, a não existência de uma unidade de queimados, reduz significativamente o campo de intervenção de um cirurgião plástico. Para as situações de reinserção de membros amputados, os profissionais de ortopedia estão adequadamente preparados para tal.

Aliás, acrescenta o Governo, de acordo com a legislação em vigor (Despacho 184598/2006), que define os tipos de urgência, em nenhum dos três tipos (Urgência polivalente, médico-cirúrgica ou básica) é referida a necessidade de dispor, em qualquer dos seus níveis, de valência de oncologia, estomatologia ou cirurgia plástica.

De acordo com os registos fornecidos pelos hospitais, nos dez primeiros meses de 2010, no período da meia-noite às oito da manhã – período em que foram introduzidos os cortes - , registou-se uma média mensal de 6,1 chamadas em oncologia, 5,2 em estomatologia e zero em cirurgia plástica e reconstrutiva.

Os cortes propostos, em consonância com as administrações dos hospitais, resultam numa redução total de custos de 840 mil euros por ano, sendo 615 mil no hospital de Ponta Delgada, 151 mil no hospital de Angra e 74 mil no hospital da Horta.



GaCS/LFC

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