quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Floresta da Macaronésia é fundamental à preservação dos recursos naturais e ambientais



A Directora Regional dos Recursos Florestais destacou, esta quarta-feira, a importância da realização das Jornadas Florestais da Macaronésia uma vez que os arquipélagos participantes “contêm características geográficas, ambientais e históricas comuns, que os identificam como regiões diferenciadas e com uma particular e rica biodiversidade”.

Anabela Isidoro, que marca presença no evento em representação do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, acredita que estes encontros se apresentam como “uma oportunidade de aprofundar o conhecimento recíproco das potencialidades e dos condicionalismos, de promover o intercâmbio entre os arquipélagos, partilhando conhecimentos, experiências e iniciativas e de afirmar a importância ímpar da Região da Macaronésia no contexto da União Europeia”.

Apesar da existência de alguns pólos urbanos, o arquipélago dos Açores constitui uma Região predominantemente rural, motivo pelo qual, as políticas de desenvolvimento e de ordenamento do território devem orientar-se para integração das populações rurais e dos espaços que estas habitam.

No discurso de abertura das jornadas, Anabela Isidoro relembrou ainda que o desenvolvimento dos Açores passa pela modernização do seu sector agro-florestal e pela inclusão das suas populações rurais, numa perspectiva da sua valorização e qualificação.

O contributo dos 71500 hectares da floresta açoriana, mesmo da floresta de produção, “não é mensurável apenas pela sua componente produtiva e económica. O mérito da floresta está muito para além das empresas criadas e do emprego gerado. Ela é parte indissociável da tipicidade da paisagem açoriana e fundamental à preservação dos recursos naturais e ambientais”, sublinhou.

O Governo dos Açores tem vindo a afectar crescentes recursos materiais e humanos para a preservação, desenvolvimento e defesa do património florestal e para o aprofundamento de um plano que reforce a sua autonomia e sustentabilidade económica, num quadro de plena compatibilização com as suas funções ambientais.

Os índices de biodiversidade que se observam na Macaronésia, com mais de mil espécies endémicas, dão bem a dimensão dos recursos genéticos que possuem, da sua excepcional importância e da obrigação de tudo se fazer para os preservar.

A finalizar a Directora Regional destacou também o tributo que se deve prestar ao desenvolvimento florestal e à preservação e defesa deste património, que é comum, devendo ser reconhecido, acarinhado e apoiado pelos Estados e pelas instâncias comunitárias, “porque somos e representamos uma importante reserva de biótopos enriquecedores da sustentabilidade do espaço comum europeu e universal”.



GaCS/MS

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